Pensão por morte do INSS: quem tem direito, como pedir e o que mudou com a nova lei

A perda de um ente querido é sempre um momento delicado. E, além da dor emocional, muitas famílias também enfrentam o impacto financeiro imediato após o falecimento do provedor da casa.

É justamente para esses momentos que existe a pensão por morte do INSS — um benefício previdenciário destinado a proteger os dependentes do segurado falecido, oferecendo uma fonte de renda que substitui (parcialmente) a que ele ou ela fornecia em vida.

Mas nem todo mundo tem direito. Além disso, as regras mudaram com a Reforma da Previdência, afetando desde o cálculo do valor até o tempo de duração da pensão.

Neste artigo, você vai entender com clareza:

  • Quem tem direito à pensão por morte do INSS;
  • Como fazer o pedido corretamente;
  • Quais documentos são exigidos;
  • E o que fazer se o INSS negar o benefício.

Se você está passando por essa situação ou quer se planejar juridicamente, continue lendo com atenção. A pensão por morte é um direito, mas depende de critérios legais bem definidos.

Sumário

  1. O que é a pensão por morte do INSS?
  2. Quem tem direito à pensão por morte em 2025?
    • Cônjuge e companheiro (união estável)
    • Filhos e enteados
    • Pais e irmãos
    • Dependentes por equiparação
  3. Quais são os requisitos para receber pensão por morte?
    • Qualidade de segurado do falecido
    • Comprovação de dependência econômica
  4. Como funciona o valor da pensão por morte?
    • Cálculo após a Reforma da Previdência
    • Cotas por dependente
    • Acúmulo com outros benefícios
  5. Qual a duração da pensão por morte?
    • Cônjuge: regras por faixa etária
    • Filhos e dependentes: até que idade?
    • Casos de pensão vitalícia
  6. Pensão por morte e união estável: como comprovar?
  7. Como pedir a pensão por morte no Meu INSS?
    • Passo a passo
    • Documentos obrigatórios
  8. Negaram sua pensão por morte? Veja o que fazer
    • Recurso administrativo
    • Ação judicial
  9. Perguntas frequentes sobre pensão por morte
  10. Conclusão: vale a pena entrar com o pedido ou recorrer?


O que é a pensão por morte do INSS?

A pensão por morte é um benefício previdenciário pago aos dependentes do segurado que faleceu, seja ele aposentado ou ainda em atividade.

O objetivo é garantir uma renda de substituição àqueles que dependiam economicamente do segurado, como:

  • Cônjuges;
  • Filhos menores de idade;
  • Companheiros(as) em união estável;
  • E outros dependentes previstos por lei.

A pensão por morte é regida principalmente pela Lei nº 8.213/1991, e sofreu mudanças significativas com a Reforma da Previdência (EC nº 103/2019), especialmente no cálculo do valor e no tempo de duração do benefício.

📌 Requisitos básicos:

Para que o INSS conceda a pensão por morte, é necessário:

  1. Que o falecido fosse segurado da Previdência Social no momento do óbito (ou estivesse no chamado “período de graça”);
  2. Que o solicitante seja um dependente legal conforme a lei;
  3. Que haja comprovação do óbito e da dependência econômica.

⚠️ Importante: a pensão por morte não é automática

Ela precisa ser solicitada ao INSS, com apresentação de documentos que comprovem o vínculo familiar ou de dependência com o falecido. E atenção: há prazo para solicitar o benefício com pagamento retroativo, que varia conforme o caso.


Quem tem direito à pensão por morte em 2025?

A pensão por morte é destinada aos dependentes do segurado falecido, conforme definidos pela Lei nº 8.213/1991, com as alterações da Reforma da Previdência.

Mas é importante entender que nem todo familiar tem direito automaticamente. A lei divide os dependentes por classes de prioridade, e cada classe tem regras próprias.

✅ Dependentes de 1ª classe (têm direito automático)

Esses dependentes não precisam comprovar dependência econômica, pois a presunção é legal:

  • Cônjuge ou companheiro(a) (inclusive união estável);
  • Filhos menores de 21 anos, ou de qualquer idade se inválidos ou com deficiência intelectual, mental ou grave;
  • Enteados (se comprovada a dependência econômica e convivência familiar).

Se houver alguém dessa classe, os demais não têm direito, mesmo que dependessem financeiramente do falecido.

✅ Dependentes de 2ª classe (se não houver os da 1ª)

  • Pais do segurado falecido.

Neste caso, é obrigatória a comprovação de dependência econômica total ou parcial.

✅ Dependentes de 3ª classe (se não houver os anteriores)

  • Irmãos não emancipados menores de 21 anos;
  • Irmãos inválidos ou com deficiência, de qualquer idade.

Também precisam comprovar dependência econômica e provar a inexistência de dependentes de classe superior.

🔍 Observações importantes:

  • A existência de dependente de classe superior exclui o direito das classes abaixo.
  • Todos os dependentes precisam comprovar o vínculo com o falecido, mesmo os de 1ª classe.
  • A comprovação da união estável é uma das situações mais comuns de indeferimento e será detalhada em tópico próprio.

👩‍👧 Exemplos práticos:

Situação

Quem pode receber a pensão?

Esposa viva + filho menor

Ambos têm direito (dividem o valor)

União estável + filhos

Companheira e filhos dividem a pensão

Filho maior e saudável

❌ Não tem direito

Irmão com deficiência + sem filhos/cônjuge

✅ Tem direito

Pais do falecido com filhos menores vivos

❌ Não recebem (classe inferior)


Quais são os requisitos para receber pensão por morte?

Não basta apenas ser familiar do segurado falecido. Para receber a pensão por morte do INSS, é necessário cumprir dois requisitos fundamentais:

  1. O falecido precisava ser segurado da Previdência Social no momento do óbito (ou estar no período de graça);
  2. O dependente precisa comprovar o vínculo legal ou a dependência econômica com o falecido.

A seguir, explico cada um desses pontos em detalhes.

✅ 1. Segurado do INSS no momento do falecimento

O falecido deve estar em uma das seguintes situações:

  • Estava trabalhando com carteira assinada;
  • Era aposentado pelo INSS;
  • Estava contribuindo como MEI, autônomo ou facultativo;
  • Estava desempregado, mas ainda dentro do período de graça.

📌 Período de graça: é o tempo em que o segurado mantém seus direitos perante o INSS mesmo sem estar contribuindo. Pode variar de:

  • 12 meses (regra geral);
  • 24 meses (se tiver 120 contribuições sem perda da qualidade de segurado);
  • 36 meses (em caso de desemprego + 120 contribuições).

❗ Se o falecido já havia perdido a qualidade de segurado, os dependentes não terão direito à pensão, salvo exceções já reconhecidas judicialmente (ex: morte por acidente durante o período de graça).

✅ 2. Comprovação do vínculo ou da dependência econômica

Isso varia de acordo com a classe do dependente:

🔹 Para cônjuges, companheiros(as) e filhos menores:

  • A dependência econômica é presumida por lei, mas é necessário comprovar o vínculo:
    • Certidão de casamento (para cônjuge);
    • Documentos que provem união estável (para companheiro/a);
    • Certidão de nascimento (para filhos).

🔹 Para enteados, pais ou irmãos:

  • Além de documentos que comprovem o parentesco, é necessário apresentar:
    • Comprovantes de dependência financeira;
    • Comprovação de que não há dependentes de classe superior.

📌 Dica importante:

A comprovação da união estável costuma ser o maior desafio nos pedidos de pensão por morte, principalmente quando não há filhos em comum.

Os documentos que ajudam a comprovar a união incluem:

  • Conta bancária conjunta;
  • Declaração de Imposto de Renda do falecido com o companheiro como dependente;
  • Fotos, mensagens, certidões de nascimento de filhos;
  • Testemunhas (inclusive por declaração formal).

Esse tema será aprofundado no tópico 6.

O INSS analisa caso a caso

Mesmo que você preencha os requisitos, o INSS pode:

  • Solicitar documentos adicionais;
  • Negar o benefício se entender que faltou comprovação da qualidade de segurado ou da dependência.

Por isso, é essencial organizar a documentação com atenção e, em caso de dúvida ou negativa, buscar ajuda especializada para recurso ou ação judicial.


Como funciona o valor da pensão por morte?

Uma das maiores dúvidas de quem vai solicitar pensão por morte ao INSS é:
“Quanto vou receber?”

A resposta depende de vários fatores, especialmente porque as regras mudaram após a Reforma da Previdência (EC nº 103/2019).

Vamos entender passo a passo como é feito o cálculo atualmente, quem tem direito a cotas e se é possível acumular a pensão com outros benefícios.

🧮 Cálculo do valor da pensão por morte após a Reforma

Para falecimentos ocorridos a partir de 13/11/2019, o valor da pensão por morte corresponde a:

50% do valor da aposentadoria que o segurado recebia (ou teria direito se estivesse aposentado por invalidez) + 10% por dependente, até o limite de 100%.

Ou seja:

Número de dependentes

Percentual do benefício

1 dependente

60%

2 dependentes

70%

3 dependentes

80%

4 dependentes

90%

5 ou mais

100%


Qual a duração da pensão por morte?

Além de saber se tem direito à pensão por morte e qual será o valor, é essencial entender por quanto tempo o benefício será pago.

A duração da pensão por morte varia conforme:

  • O tipo de dependente;
  • A idade do cônjuge ou companheiro na data do óbito;
  • O tempo de casamento ou união estável;
  • E se o segurado falecido cumpria carência mínima exigida pela lei.

Desde a Reforma da Previdência (2019), essas regras se tornaram mais rígidas, especialmente para cônjuges. Vamos ver cada caso.

👨‍👩‍👧 Duração da pensão por morte para filhos ou equiparados

  • Até 21 anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência.

❗ A pensão cessa automaticamente quando o filho completa 21 anos, mesmo que esteja cursando faculdade.

Exceção:

  • Se o filho for inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave, o benefício poderá ser vitalício ou até cessar a condição que justificou a pensão.

💑 Duração da pensão por morte para cônjuges e companheiros(as)

A duração depende de dois fatores principais:

  1. Tempo de casamento ou união estável (mínimo de 2 anos);
  2. Idade do dependente na data do falecimento.

Além disso, o segurado falecido deve ter:

  • No mínimo 18 contribuições mensais ao INSS (carência);
  • O casamento ou união estável deve ter ocorrido há pelo menos 2 anos antes da morte.

Se esses dois requisitos não forem atendidos, a pensão será paga por apenas 4 meses.

📆 Tabela de duração conforme a idade do cônjuge

Se os requisitos forem cumpridos (18 contribuições + 2 anos de relacionamento), o benefício será pago por:

Idade do cônjuge/companheiro

Duração da pensão

Menos de 22 anos

3 anos

De 22 a 27 anos

6 anos

De 28 a 30 anos

10 anos

De 31 a 41 anos

15 anos

De 42 a 44 anos

20 anos

45 anos ou mais

Vitalícia

📝 A contagem da idade é feita com base na data do falecimento do segurado.

🔁 E se houver mais de um dependente?

  • A pensão é dividida em cotas iguais;
  • Quando um dos dependentes perde o direito (ex: filho atinge 21 anos), sua cota é extinta, não redistribuída entre os demais;
  • O valor total da pensão pode diminuir ao longo do tempo.

❗ Casos de pensão por apenas 4 meses

Mesmo que o cônjuge ou companheiro tenha mais de 45 anos, o benefício terá duração de 4 meses se:

  • O segurado tiver menos de 18 contribuições ao INSS;
  • O casamento ou união tiver ocorrido há menos de 2 anos da data do óbito.

Essa é uma regra de proteção contra casamentos recentes por interesse previdenciário, mas que afeta também casais legítimos, infelizmente.

👩‍⚖️ Exceções que garantem pensão vitalícia:

Mesmo sem os 2 anos de união estável ou 18 contribuições, o benefício pode ser vitalício se:

  • O falecimento tiver ocorrido por acidente de qualquer natureza;
  • Ou por doença profissional ou doença do trabalho.

Saber a duração da pensão por morte é tão importante quanto saber o valor. Isso ajuda o dependente a:

  • Se planejar financeiramente;
  • Avaliar se deve entrar com ação judicial para ampliar a duração (quando for o caso);
  • E se preparar para o encerramento do benefício em tempo hábil.


Pensão por morte e união estável: como comprovar?

A união estável é reconhecida como entidade familiar pela Constituição Federal e garante ao companheiro ou companheira os mesmos direitos previdenciários do cônjuge, inclusive a pensão por morte.

Contudo, como muitas uniões estáveis não são formalizadas em cartório, a comprovação desse vínculo perante o INSS costuma ser o maior desafio no pedido de pensão.

📌 O que é união estável para fins de pensão?

É a convivência pública, contínua e duradoura entre duas pessoas, com o objetivo de constituir família — mesmo sem casamento no papel.

A lei previdenciária reconhece a união estável como base legal para o pagamento da pensão por morte, mas exige prova documental e/ou testemunhal.

📄 Documentos que ajudam a comprovar a união estável

Você deve reunir o máximo de provas que demonstrem a convivência e dependência mútua com o falecido. Exemplos de documentos que o INSS costuma aceitar:

  • Declaração de imposto de renda em que o falecido consta o companheiro como dependente;
  • Certidão de nascimento de filhos em comum;
  • Contas bancárias conjuntas;
  • Comprovantes de residência no mesmo endereço;
  • Apólice de seguro indicando o companheiro como beneficiário;
  • Fotos, mensagens, viagens e registros em redes sociais;
  • Declaração de convivência assinada por duas testemunhas (com firma reconhecida);
  • Escritura pública de união estável (se houver).

📑 O ideal: iniciar com duas ou mais provas documentais

Quanto mais robusta for a documentação apresentada, menor a chance de indeferimento por parte do INSS.

🟨 Importante: o INSS pode exigir prova de união estável com início anterior ao falecimento — uniões iniciadas poucos meses antes costumam ser analisadas com mais rigor.

👨‍⚖️ E se não houver documentos?

Se a união estável não puder ser comprovada por documentos, ainda é possível entrar com ação judicial para:

  • Obter o reconhecimento da união estável post mortem;
  • Garantir o direito à pensão por morte mesmo após negativa do INSS.

Nesse caso, o juiz pode aceitar:

  • Testemunhas;
  • Declarações;
  • Outras provas que demonstrem a convivência e o vínculo afetivo.

⚖️ Jurisprudência favorável

A Justiça brasileira já reconheceu inúmeras vezes o direito de companheiros(as) que, mesmo sem documentação formal, viviam em união estável real e pública com o segurado falecido.

📍 Dica prática:

Se você vive em união estável e quer evitar dificuldades futuras:

✅ Formalize a união em cartório (escritura pública);
✅ Faça declaração no imposto de renda com o companheiro como dependente;
✅ Mantenha registros bancários ou de saúde em comum.

Esse cuidado pode evitar dores de cabeça no futuro e garantir que o seu direito (ou do seu companheiro) à pensão por morte seja mais facilmente reconhecido.

Como pedir a pensão por morte no Meu INSS?

Diferente do que muitos imaginam, a pensão por morte não é concedida automaticamente. É preciso fazer o requerimento formal ao INSS, apresentar os documentos corretos e acompanhar todo o processo de análise.

Hoje, o pedido pode ser feito 100% online, por meio do site ou aplicativo Meu INSS — sem necessidade de ir presencialmente a uma agência, salvo em casos específicos.

Documentos obrigatórios para o pedido

📝 Todos os documentos devem estar em PDF ou imagem legível. Priorize documentos com frente e verso (quando necessário) e com boa resolução.

Do requerente (dependente):

  • RG e CPF;
  • Comprovante de residência;
  • Certidão de nascimento (para filhos);
  • Certidão de casamento (para cônjuge);
  • Provas da união estável, se for o caso;
  • Procuração (se houver representante legal).

Do falecido:

  • RG, CPF e certidão de óbito;
  • Documento que comprove a condição de segurado:
    • Carteira de trabalho;
    • Holerites;
    • Comprovantes de contribuição (MEI, GPS, DAS etc.);
    • CNIS atualizado;
  • Certidão de nascimento dos filhos (se houver dependentes menores).

⏱️ Prazo para solicitar e garantir retroativos

  • Cônjuge/companheiro ou filhos menores de idade:
    • Se o pedido for feito em até 90 dias após o falecimento, o pagamento será retroativo à data da morte;
    • Após esse prazo, o pagamento será a partir do requerimento.
  • Outros dependentes (pais, irmãos etc.):
    • O benefício só será pago a partir da data do pedido, mesmo que ele seja feito no dia seguinte ao óbito.

⚠️ Por isso, nunca adie o pedido sem necessidade — pode significar perda de valores importantes.

👩‍💼 Precisa de entrevista presencial?

Na maioria dos casos, não é necessário comparecer ao INSS. Mas se houver dúvidas na documentação ou necessidade de comprovação específica (ex: união estável), o INSS poderá agendar:

  • Entrevista presencial;
  • Exigência documental complementar (prazo de 30 dias para responder).

📌 Dica final

Antes de enviar o pedido:

✅ Revise todos os documentos;
✅ Agrupe por tipo e nomeie corretamente os arquivos (ex: “Certidão de óbito.pdf”);
Se possível, consulte um advogado especialista para revisar tudo antes de protocolar.

Uma solicitação bem feita, com documentos corretos, pode evitar negativa desnecessária e agilizar a concessão do benefício.


Negaram sua pensão por morte? Veja o que fazer

Infelizmente, não são raros os casos em que o INSS nega a pensão por morte, mesmo quando o dependente tem direito legítimo ao benefício.

As negativas acontecem, na maioria das vezes, por falta de documentação adequada, erros no sistema do INSS ou interpretação restritiva da lei por parte da autarquia.

Mas a boa notícia é: você pode recorrer da decisão e reverter a negativa, tanto pela via administrativa quanto judicial.

🚫 Principais motivos de negativa da pensão por morte

  • Suposta perda da qualidade de segurado do falecido;
  • Falta de comprovação de união estável;
  • Dependente não reconhecido na classe legal (ex: enteado sem provas de dependência);
  • Documentação incompleta ou ilegível;
  • Pedido feito fora do prazo de retroatividade (sem efeitos financeiros retroativos).

🛠️ O que fazer após a negativa

Assim que o INSS comunicar a decisão, você poderá:

  1. Consultar o motivo da negativa
  • Acesse o Meu INSS, vá até “Agendamentos/Requerimentos”;
  • Localize o pedido e clique em “Detalhar” para verificar o relatório técnico da análise.
  1. Providenciar os documentos complementares
  • Verifique o que faltou ou o que foi considerado insuficiente;
  • Reúna documentos adicionais para reforçar a comprovação (ex: mais provas de união estável, comprovantes de dependência etc.).
  1. Apresentar recurso administrativo
  • O prazo é de 30 dias corridos a partir da ciência da decisão;
  • O recurso é feito dentro do Meu INSS, na opção “Recurso Ordinário”;
  • É possível anexar novos documentos, incluir petições e justificativas.

⚖️ Quando é necessário entrar com ação judicial?

Se o recurso for negado ou não for analisado em tempo razoável, você pode procurar um advogado e:

  • Ingressar com ação judicial pedindo a concessão ou restabelecimento da pensão;
  • Solicitar tutela antecipada (liminar), caso haja urgência;
  • Pleitear o pagamento de valores retroativos com correção monetária e juros.

A Justiça tem sido muito favorável ao segurado, especialmente em casos de:

  • União estável não reconhecida pelo INSS, mas comprovada judicialmente;
  • Filhos com deficiência ou dependência ignorada;
  • Documentos desconsiderados sem justificativa legal.

👩‍⚖️ Exemplo real: união estável negada, mas reconhecida pela Justiça

Mariana viveu com João por 8 anos. Tinham conta conjunta, plano de saúde familiar e moravam juntos. João faleceu em 2023.
O INSS negou a pensão, alegando ausência de certidão de casamento.
Mariana ingressou com ação judicial, juntou fotos, mensagens, testemunhas e extratos bancários.
A Justiça reconheceu a união estável e concedeu a pensão com pagamento retroativo.

🤝 Quando contar com ajuda profissional?

Você deve procurar um advogado previdenciário sempre que:

  • Tiver dificuldades para entender o motivo da negativa;
  • Houver necessidade de reunir documentos difíceis de obter;
  • For preciso apresentar recurso ou entrar com ação judicial.

Um advogado pode garantir que nenhum direito seja perdido por falhas burocráticas — além de acelerar o processo e ampliar suas chances de êxito.


Perguntas frequentes sobre pensão por morte

Neste tópico, vamos esclarecer de forma objetiva e didática as dúvidas mais comuns de quem busca o direito à pensão por morte do INSS. São questões frequentes no escritório e nas redes sociais — e entender cada uma delas pode evitar perdas de prazo, negativa indevida e até prejuízos financeiros.

  1. É possível receber pensão por morte mesmo que o falecido estivesse desempregado?

Sim.
Se ele estivesse dentro do período de graça — ou seja, ainda com qualidade de segurado mesmo sem contribuir ativamente — os dependentes terão direito ao benefício.

O prazo do período de graça pode ser de 12, 24 ou até 36 meses, dependendo da situação e do tempo de contribuição anterior.

  1. Quem vive em união estável, mas nunca formalizou em cartório, pode pedir pensão por morte?

Sim.
A união estável não precisa ser formalizada para gerar direito à pensão.
No entanto, será necessário comprovar a convivência pública, contínua e duradoura, com provas documentais e/ou testemunhais.

  1. Pensão por morte é vitalícia?

🟨 Depende.

  • Para filhos, só até os 21 anos (salvo invalidez ou deficiência);
  • Para cônjuge ou companheiro, a duração varia conforme a idade e o tempo de relacionamento, podendo ser temporária ou vitalícia.
  1. É possível acumular pensão por morte com aposentadoria?

Sim, é possível.
Porém, com as novas regras, não se recebe 100% de ambos os benefícios. O INSS paga o benefício de maior valor integralmente e um percentual do segundo benefício, conforme uma escala regressiva.

  1. Filhos maiores de idade têm direito à pensão por morte?

Não, salvo se forem:

  • Invalidados antes dos 21 anos;
  • Ou portadores de deficiência (intelectual, mental ou grave), condição que deve ser comprovada por perícia médica.
  1. Posso pedir pensão por morte mesmo anos após o falecimento?

Sim.
Não há prazo limite para solicitar a pensão por morte.
Porém, o valor retroativo depende da data do requerimento:

  • Se for feito até 90 dias após o óbito, o pagamento será retroativo à data da morte;
  • Após esse prazo, o INSS só pagará a partir da data do pedido.
  1. Pensão por morte do servidor público segue as mesmas regras do INSS?

🟨 Nem sempre.
Se o falecido era vinculado a um regime próprio de previdência (RPPS) — como servidores municipais, estaduais ou federais — as regras podem ser diferentes, principalmente quanto:

  • Ao valor da pensão;
  • Às regras de acumulação;
  • Às alíquotas e condições específicas do estatuto local.
  1. A pensão por morte é paga em valor fixo ou pode diminuir?

🟨 Pode diminuir.
O valor da pensão por morte é dividido em cotas por dependente. À medida que os dependentes perdem o direito (por idade, casamento, falecimento etc.), as cotas são extintas e o valor total pode ser reduzido.

  1. Posso receber pensão por morte se não fui casado legalmente, mas cuidava da pessoa falecida?

Sim, se houver provas de união estável.
O reconhecimento da união estável pode ser feito judicial ou administrativamente, mesmo sem certidão de casamento.

  1. O que acontece com a pensão se o cônjuge se casar novamente?

🔁 Nada muda.
A pensão por morte é um direito adquirido, e o novo casamento não cancela o benefício.


Conclusão: vale a pena entrar com o pedido ou recorrer?

Sim — vale muito a pena!

A pensão por morte é um dos benefícios mais importantes do INSS, pois garante proteção financeira aos dependentes do segurado falecido, ajudando a manter a estabilidade da família em um dos momentos mais difíceis da vida.

Mas para ter acesso a esse direito, é essencial:

✅ Entender quem tem direito e por quanto tempo;
✅ Saber quais documentos apresentar;
✅ Fazer o pedido de forma correta e dentro do prazo (se quiser garantir retroativos);
✅ E, se necessário, recorrer ou buscar a via judicial com orientação de um advogado.

⚠️ O que você precisa lembrar:

  • O INSS não concede o benefício automaticamente — o pedido precisa ser feito;
  • As regras de valor e duração mudaram com a Reforma da Previdência, e muitas pessoas ainda não sabem disso;
  • Negativas indevidas são comuns, mas podem ser revertidas com recurso ou ação judicial.

💬 Uma última dica:

Se você teve a pensão por morte negada, ou está em dúvida se tem direito, não desista sem buscar orientação técnica.
Um pedido bem feito, com provas organizadas, faz toda a diferença.

Se esse artigo foi útil para você, compartilhe com quem precisa dessa informação.
Um benefício ignorado hoje pode significar anos de prejuízo financeiro para a família.

Salário-maternidade em dobro: quando é possível receber dois benefícios do INSS?

Imagine a seguinte situação: você está grávida, contribuinte do INSS, e trabalha com carteira assinada. Ao mesmo tempo, também realiza uma atividade autônoma e contribui como MEI ou contribuinte individual. Nesse cenário, será que é possível receber dois salários-maternidade?

Se essa dúvida já passou pela sua cabeça, saiba que você não está sozinha. Esse é um tema que vem ganhando cada vez mais espaço, especialmente após decisões da Justiça reconhecendo o direito de seguradas receberem dois salários-maternidade — desde que cumpram os requisitos legais.

Neste artigo, vamos explicar de forma clara, prática e com base na legislação e jurisprudência atual:

  • Quando é possível acumular dois salários-maternidade;
  • Quais seguradas podem ter esse direito;
  • E como fazer o pedido corretamente ao INSS.

Se você está grávida, adotou ou está prestes a adotar uma criança, e contribui ao INSS em mais de uma categoria, este conteúdo é para você.

Fique com a gente até o final e descubra como garantir um direito pouco conhecido, mas que pode fazer toda a diferença no seu orçamento familiar!


Sumário

  1. O que é o salário-maternidade?
  2. Quem tem direito ao salário-maternidade em 2025?
  3. Como funciona o salário-maternidade para quem tem mais de um vínculo?
  4. Decisão da Justiça: quando é possível receber dois salários-maternidade?
    • Vínculo CLT + Contribuinte Individual
    • Duas atividades formais simultâneas
  5. Quais são os requisitos para receber dois salários-maternidade?
  6. Como comprovar a situação para o INSS?
  7. O que fazer se o INSS negar o segundo benefício?
  8. Perguntas frequentes sobre salário-maternidade em dobro
  9. Conclusão: vale a pena buscar esse direito?


O que é o salário-maternidade?

O salário-maternidade é um benefício previdenciário pago pelo INSS às seguradas que precisam se afastar de suas atividades profissionais devido:

  • Ao nascimento de um filho (parto normal ou cesariana);
  • Adoção de criança ou guarda judicial para fins de adoção;
  • Em casos de aborto espontâneo ou previsto em lei.

Esse benefício tem como objetivo garantir uma renda temporária à mãe durante o período de afastamento do trabalho.

Qual a duração do salário-maternidade?

O período padrão de pagamento é de 120 dias (4 meses), podendo começar até 28 dias antes do parto.

Esse tempo pode variar nos casos de adoção ou guarda, e também conforme regras específicas de algumas categorias profissionais ou convenções coletivas.

Valor do salário-maternidade:


O valor varia de acordo com a categoria da segurada:

  • Empregada com carteira assinada (CLT): recebe o valor integral do salário, pago diretamente pela empresa.
  • Contribuinte individual, facultativa, MEI, desempregada ou empregada doméstica: recebe o valor com base na média das contribuições ao INSS.

Importante: o salário-maternidade não é pago apenas para quem trabalha com carteira assinada. Toda mulher que contribui para o INSS (seja por vínculo CLT ou como autônoma) pode ter direito ao benefício.

Quem tem direito ao salário-maternidade em 2025? 


O salário-maternidade é um benefício garantido pelo INSS às mulheres que contribuem para a Previdência Social e que passam por parto, adoção ou guarda judicial de criança.

Mesmo quem não trabalha com carteira assinada pode receber — desde que esteja na condição de segurada do INSS.

Confira abaixo quem tem direito, de forma atualizada com base na legislação e na recente decisão do STF (ADI nº 2.110):

  1. a) Empregada com carteira assinada (CLT)
  • Direito automático: não exige tempo mínimo de contribuição.
  • Valor: o mesmo do salário mensal.
  • Pagamento: feito pela empresa, com compensação junto ao INSS.
  1. b) Empregada doméstica
  • Tem direito desde o primeiro dia de trabalho.
  • Valor: calculado com base no salário informado ao INSS.
  • Pagamento: direto pelo INSS.
  1. c) Contribuinte individual (autônoma ou MEI)
  2. d) Segurada facultativa (dona de casa, estudante etc.)
  3. e) Desempregada que ainda mantém a qualidade de segurada

Antigamente, essas seguradas só tinham direito se tivessem pelo menos 10 contribuições mensais antes do parto, adoção ou guarda.

Agora, isso mudou. E para melhor.

⚖️ O que decidiu o STF?
Na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI nº 2.110), o Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional a exigência de carência de 10 meses para o salário-maternidade dessas seguradas.

A partir dessa decisão, basta uma única contribuição válida ao INSS para garantir o direito ao benefício.

⚠️ ATENÇÃO: o momento da contribuição é decisivo!

Apesar da nova regra permitir o benefício com apenas uma contribuição, é imprescindível saber quando contribuir.

Se a única contribuição for feita fora do prazo em que você mantém a qualidade de segurada, o INSS pode negar o benefício — mesmo com o STF permitindo o acesso sem carência.

👉 Ou seja: a contribuição precisa ser feita enquanto você ainda possui qualidade de segurada!

O que isso significa na prática?

  • A qualidade de segurada é mantida por até 12 meses após a última contribuição;
  • Pode ser estendida para até 24 ou 36 meses, dependendo do caso (por exemplo, se você tem mais de 120 contribuições ou ficou desempregada involuntariamente);
  • Se esse prazo acabar e você só voltar a contribuir após perder a qualidade, precisará cumprir a carência de 10 meses novamente.

Exemplo prático:

Imagine que você contribuiu como MEI até janeiro de 2023 e parou. Se engravidar em setembro de 2024, provavelmente a sua qualidade de segurada já terá se encerrado.

👉 Se você fizer uma contribuição isolada depois da perda da qualidade, o INSS não concederá o salário-maternidade com base na decisão do STF.
👉 Você precisaria recompor a carência de 10 contribuições.

Por isso, é fundamental ter um bom planejamento previdenciário, especialmente se você é autônoma, MEI, desempregada ou contribuinte facultativa.

  1. f) Segurada especial (trabalhadora rural)

A trabalhadora rural também tem direito ao salário-maternidade, mesmo sem contribuição em dinheiro, desde que comprove o exercício da atividade rural por, no mínimo, 10 meses antes do evento (parto ou adoção).

Tabela resumida (com a nova regra)

Tipo de seguradaCarência exigidaObservações importantes
CLTNãoDireito desde o 1º dia de trabalho
DomésticaNãoValor baseado no salário
Contribuinte individual / MEIApenas 1 contribuiçãoDesde que esteja com qualidade de segurada
FacultativaApenas 1 contribuiçãoIdem acima
DesempregadaApenas 1 contribuiçãoPrecisa manter qualidade de segurada
Rural (segurada especial)Não (atividade comprovada)Comprovar exercício rural nos últimos 12 meses

A decisão do STF foi uma conquista importante, principalmente para mães autônomas, donas de casa, desempregadas e contribuintes facultativas.

Mas o momento da contribuição continua sendo essencial.

Por isso, faça um planejamento. E, se possível, converse com um advogado especialista para garantir que sua contribuição seja feita no prazo certo.

Como funciona o salário-maternidade para quem tem mais de um vínculo?


É possível receber dois salários-maternidade ao mesmo tempo? A resposta é: sim, em alguns casos.

Se você exerce mais de uma atividade profissional e contribui para o INSS em duas ou mais categorias ao mesmo tempo, tem direito a receber um salário-maternidade para cada vínculo ativo.

Essa possibilidade vale, por exemplo, para:

  • Quem trabalha com carteira assinada (CLT) e também contribui como MEI ou autônoma;
  • Quem possui dois empregos formais simultâneos;
  • Quem é servidora pública e, ao mesmo tempo, realiza atividade privada com contribuição ao INSS.

O que importa nesses casos é que a segurada:

✅ Esteja contribuindo simultaneamente em mais de uma categoria antes do parto, adoção ou guarda;
✅ Tenha mantido a qualidade de segurada em cada uma das atividades;
✅ Comprove que as atividades são distintas e possuem contribuições regulares.

📌 Exemplos práticos

Exemplo 1: CLT + MEI

Letícia trabalha registrada como auxiliar administrativa, com carteira assinada, e também atua como manicure, contribuindo como MEI.

Ao engravidar, Letícia teve direito a:

  • Um salário-maternidade equivalente ao seu salário de CLT (pago pela empresa);
  • Outro salário-maternidade pago pelo INSS com base nas contribuições como MEI.

Exemplo 2: Dois empregos CLT

Juliana é fisioterapeuta em dois hospitais diferentes, ambos com vínculo CLT.

Como as contribuições são recolhidas separadamente, ela recebeu:

  • Um salário-maternidade de cada hospital (cada um calculado com base no respectivo salário).

🟨 Importante: não se trata de “dobrar o valor”, mas de benefícios independentes

O INSS não dobra o valor do salário-maternidade. O que acontece é a concessão de dois benefícios distintos, correspondentes a cada contribuição feita em atividades diferentes, e com base nos salários e regras aplicáveis a cada vínculo.

🔍 Como o INSS analisa isso?

O INSS verifica:

  • Se os vínculos estavam ativos no momento do afastamento;
  • Se houve contribuição em cada uma das atividades nos meses anteriores;
  • Se a qualidade de segurada foi mantida nos dois vínculos.

Se tudo estiver regular, o direito ao recebimento acumulado de dois salários-maternidade é reconhecido.

Quando é possível receber dois salários-maternidade?


Embora o direito a dois salários-maternidade esteja previsto em lei para quem possui mais de um vínculo ativo, a verdade é que, na prática, muitas seguradas ainda têm o benefício negado pelo INSS quando solicitam a cumulação.

Foi por isso que o tema chegou ao Judiciário — e uma recente decisão da Justiça reafirmou o direito das mulheres de receber o benefício em duplicidade, desde que preencham os requisitos legais.

⚖️ O que diz a decisão?

Em 2023, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) reconheceu o direito de uma segurada receber dois salários-maternidade: um como empregada com carteira assinada (CLT) e outro como contribuinte individual.

A decisão foi baseada no entendimento de que:

“O salário-maternidade tem natureza de benefício previdenciário, vinculado à qualidade de segurada e à origem da contribuição. Havendo contribuições em mais de uma categoria, é legítima a percepção cumulativa de benefícios, respeitados os critérios de cálculo de cada vínculo.”

👩‍⚖️ STF e STJ também já se posicionaram favoravelmente

Embora o caso acima tenha sido julgado no TRF-4, decisões semelhantes vêm sendo reconhecidas em outras regiões do país e também em tribunais superiores.

Tanto o STF quanto o STJ já consolidaram jurisprudência no sentido de que, se houver múltiplos vínculos e contribuições simultâneas, é possível o recebimento acumulado de benefícios previdenciários de mesma natureza.

Essa lógica já é aplicada, por exemplo, à aposentadoria por invalidez e auxílio-doença em vínculos distintos — e o mesmo entendimento passou a ser adotado também para o salário-maternidade.

Quando é possível receber dois salários-maternidade?

A cumulação é permitida quando:

  1. A segurada possui dois vínculos ativos com contribuição simultânea ao INSS;
  2. Cada vínculo tem sua própria base de cálculo;
  3. A qualidade de segurada está mantida nos dois vínculos na data do parto, adoção ou guarda.

Situações mais comuns de acúmulo:

🔹 CLT + Contribuinte individual (MEI ou autônoma)

A mulher que trabalha com carteira assinada e também contribui por conta própria como MEI ou autônoma pode receber dois salários-maternidade:

  • Um pela empresa empregadora;
  • Outro pelo INSS, com base nas contribuições individuais.

📌 Importante: a contribuição como MEI ou autônoma precisa estar ativa e válida, feita antes do parto, e dentro do período de manutenção da qualidade de segurada.

🔹 Dois empregos formais (CLT + CLT)

Se a mulher exerce dois cargos com carteira assinada em empresas diferentes, cada vínculo dará direito a um salário-maternidade proporcional.

  • As empresas devem pagar o benefício cada uma com base em sua remuneração;
  • Ambas serão ressarcidas pelo INSS posteriormente.

🔹 Servidora pública + contribuição ao INSS

Algumas servidoras públicas contribuem simultaneamente para o Regime Próprio de Previdência (RPPS) e também para o INSS (Regime Geral).

Nesses casos, também é possível receber:

  • Um salário-maternidade pelo regime próprio;
  • E outro pelo INSS, se houver contribuição válida e vínculo ativo.

E se o INSS negar o benefício?

Mesmo após as decisões favoráveis da Justiça, o INSS nem sempre concede os dois salários-maternidade de forma automática.

Se houver recusa:

  • Você pode apresentar recurso administrativo no próprio Meu INSS;
  • Ou pode entrar com ação judicial, com apoio de um advogado especialista, para fazer valer esse direito já reconhecido nos tribunais.

Quais são os requisitos para receber dois salários-maternidade?


Para ter direito ao recebimento de dois salários-maternidade ao mesmo tempo, é essencial que a segurada cumpra determinados requisitos previdenciários em cada um dos vínculos ativos.

Mesmo com a decisão do STF que derrubou a carência mínima de 10 contribuições, o cumprimento simultâneo das exigências em cada categoria continua sendo obrigatório para que o INSS reconheça o direito ao acúmulo do benefício.

✅ Requisitos principais (por vínculo):

Requisito

Descrição

Qualidade de segurada

Estar contribuindo ou dentro do período de graça em cada vínculo.

Contribuição válida em cada vínculo

Ao menos uma contribuição anterior ao parto/adoção, feita no prazo certo.

Vínculos simultâneos

Os dois vínculos precisam existir ao mesmo tempo.

Atividades distintas

Cada benefício precisa estar atrelado a uma categoria de contribuição diferente (ex: CLT + MEI).

🔍 Entenda melhor cada um desses pontos:

  1. Qualidade de segurada em ambos os vínculos

O INSS só reconhece o direito ao salário-maternidade se a segurada mantiver a qualidade de segurada na data do afastamento (parto, adoção ou guarda).

Essa qualidade pode ser mantida por:

  • Trabalho ativo com contribuição regular;
  • Estar dentro do período de graça, após o fim das contribuições (12, 24 ou até 36 meses dependendo do histórico).

📌 Atenção: se você deixou de contribuir em um dos vínculos e perdeu a qualidade de segurada nele, não poderá receber o salário-maternidade por aquela categoria, mesmo que contribua em outra.

  1. Contribuições válidas em cada categoria

Após a decisão do STF (ADI 2.110), uma única contribuição válida é suficiente — desde que feita dentro da qualidade de segurada.

👉 Isso vale para:

  • Contribuintes individuais (autônomas e MEI);
  • Facultativas;
  • Desempregadas.

Mas é fundamental que essa contribuição seja feita antes do parto ou adoção, e não após o nascimento do filho.

  1. Vínculos simultâneos (ativos ao mesmo tempo)

O acúmulo de dois salários-maternidade só é permitido se os vínculos existirem simultaneamente.

Você precisa comprovar que:

  • Estava trabalhando com carteira assinada (ou contribuindo regularmente) em cada um dos vínculos;
  • E que ambos estavam ativos quando houve o afastamento por maternidade.
  1. Atividades diferentes com contribuições separadas

O INSS só concede dois salários-maternidade se houver dois vínculos distintos com contribuições independentes.

Exemplos:

Vínculo 1

Vínculo 2

Pode receber 2 salários?

CLT

MEI (contribuição ativa)

✅ Sim

Emprego em hospital A

Emprego em hospital B

✅ Sim

Servidora pública (RPPS)

MEI com contribuição ativa

✅ Sim

CLT

CLT (vínculo já encerrado)

❌ Não (apenas um estava ativo)

MEI sem contribuição

Facultativa sem qualidade

❌ Não (falta contribuição/qualidade)


Como comprovar a situação para o INSS?


Se você se enquadra nas situações em que é possível receber dois salários-maternidade, é fundamental saber como comprovar cada vínculo e garantir que o INSS reconheça esse direito.

A concessão do benefício não é automática quando há mais de um vínculo. O INSS costuma analisar cada caso com bastante rigor, e qualquer ausência de documentação pode resultar na negação de um dos benefícios.

Por isso, veja agora quais documentos apresentar e como organizar seu pedido para aumentar suas chances de aprovação.

📄 Documentos para comprovar cada vínculo

Para vínculo CLT (carteira assinada):

  • Carteira de Trabalho (CTPS) com os registros de contratação e salário;
  • Holerites (contracheques) dos últimos meses;
  • Declaração da empresa informando o afastamento por maternidade;
  • Comprovante do afastamento ou do nascimento/adopção (certidão de nascimento ou termo de guarda).

O pagamento é feito pela empresa, mas o vínculo precisa constar no CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais).

Para contribuinte individual (autônoma / MEI):

  • Comprovantes de pagamento do INSS (GPS ou DAS-MEI);
  • Declaração de atividade profissional, como recibos, contratos ou declaração de imposto de renda com renda da atividade;
  • Comprovantes de que a contribuição foi feita dentro da qualidade de segurada, ou seja, antes do parto.

Para segurada facultativa:

  • Comprovantes de pagamento das contribuições previdenciárias (GPS);
  • Comprovação de que a contribuição foi feita dentro do período de qualidade de segurada;
  • Documentação que comprove que você não exercia atividade remunerada (se necessário).

Para servidoras públicas + INSS:

  • Holerites e documentos da concessão do salário-maternidade pelo regime próprio;
  • CNIS e guias do INSS demonstrando que também havia contribuições ao Regime Geral;
  • Documentos pessoais e certidão de nascimento ou adoção.

🧾 Documentos gerais para o requerimento:

  • RG e CPF;
  • Comprovante de residência;
  • Certidão de nascimento da criança (ou termo de guarda/adoção);
  • Laudo médico (em caso de parto antecipado, aborto legal ou natimorto);
  • CNIS atualizado (pode ser emitido pelo site ou app Meu INSS).

📲 Como fazer o pedido no Meu INSS:

  1. Acesse o site ou aplicativo Meu INSS;
  2. Clique em “Pedir benefício por incapacidade” ou digite “salário-maternidade”;
  3. Escolha a opção “Salário-maternidade”;
  4. Preencha os dados solicitados;
  5. Anexe todos os documentos comprobatórios para cada vínculo ativo;
  6. Acompanhe o andamento pela aba “Agendamentos / Requerimentos”.

🟨 Dica: registre um pedido separado por vínculo, se necessário

O sistema do Meu INSS nem sempre interpreta automaticamente os múltiplos vínculos.

Por isso:

  • Se você tem vínculo CLT e também é MEI, faça o pedido principal pelo vínculo CLT;
  • Em seguida, entre com outro pedido pelo vínculo de contribuinte individual, com todas as provas e o vínculo explicado;
  • Ou então, faça um único pedido e detalhe, com clareza, que deseja o reconhecimento do benefício em ambos os vínculos, anexando toda a documentação.

📌 Recomendações finais

  • Mantenha todas as contribuições registradas corretamente no CNIS;
  • Reúna provas documentais robustas para cada vínculo;
  • Considere a ajuda de um advogado especialista para revisar o pedido ou propor ação judicial, caso o INSS negue indevidamente o benefício.

O que fazer se o INSS negar o salário maternidade?


Mesmo quando a segurada cumpre todos os requisitos e possui vínculos legítimos com contribuições válidas, não é raro o INSS negar o segundo salário-maternidade — especialmente quando há múltiplos vínculos, como CLT + MEI ou autônoma.

Isso ocorre porque o sistema do INSS nem sempre reconhece automaticamente a possibilidade de cumulação do benefício, especialmente se a segunda contribuição foi feita de forma individual ou recente.

Mas atenção: essa negativa pode (e deve) ser contestada. Veja como proceder:

📝 Etapa 1: Recurso administrativo no Meu INSS

Se o INSS negou o segundo salário-maternidade, o primeiro passo é verificar a justificativa da negativa no portal Meu INSS.

Em seguida, você pode:

  1. Acessar o portal ou aplicativo Meu INSS;
  2. Buscar pela opção “Recurso”;
  3. Selecionar o benefício que foi negado;
  4. Anexar novos documentos, se necessário;
  5. Explicar de forma clara que há mais de um vínculo e que deseja a análise do segundo benefício com base nas contribuições adicionais.

⚠️ Atenção: prazo para recurso

O recurso administrativo deve ser feito em até 30 dias após a negativa. Por isso, não perca o prazo!

⚖️ Etapa 2: Ação judicial (se o recurso não for suficiente)

Se o INSS insistir na negativa, mesmo após recurso, é possível buscar a via judicial para garantir o direito ao segundo salário-maternidade.

A Justiça Federal já tem precedentes favoráveis à cumulação do benefício — especialmente após a decisão do STF que derrubou a exigência de carência mínima de 10 meses para contribuintes individuais e facultativas.

Por meio da ação judicial, o juiz poderá:

  • Reconhecer a legitimidade do segundo vínculo;
  • Verificar se a qualidade de segurada foi mantida;
  • Determinar o pagamento retroativo do benefício negado.

👩‍💼 A importância de um advogado especialista

Se você estiver enfrentando esse tipo de problema, buscar a orientação de um advogado previdenciário é fundamental.

Esse profissional poderá:

  • Avaliar a sua situação previdenciária com precisão;
  • Verificar a documentação necessária para comprovar os dois vínculos;
  • Acompanhar seu recurso ou ação judicial do início ao fim;
  • Garantir que nenhum direito seu fique pelo caminho — inclusive com pagamento de valores retroativos e correção monetária.

📌 Dica final: documente tudo desde o início

Antes mesmo do pedido ao INSS, reúna e salve todos os comprovantes, especialmente:

  • Guias de pagamento ao INSS (DAS-MEI, GPS etc.);
  • Contratos, recibos ou notas fiscais (no caso de autônomas);
  • Comprovantes de atividade nos dois vínculos;
  • Tela do CNIS com os dois registros de contribuição.

Quanto mais provas apresentar, maiores são as chances de êxito — tanto na fase administrativa quanto judicial.

Perguntas frequentes sobre salário-maternidade em dobro


A seguir, respondo às dúvidas mais comuns que recebo no escritório de advocacia sobre a possibilidade de receber dois salários-maternidade. Se você tem mais de uma atividade e contribui ao INSS de diferentes formas, vale a pena ler cada resposta com atenção.

  1. Quem trabalha com carteira assinada e também é MEI pode receber dois salários-maternidade?

Sim, pode.
Desde que a contribuição como MEI esteja em dia e tenha sido feita dentro do prazo da qualidade de segurada, você pode receber:

  • Um benefício pela empresa (vínculo CLT);
  • Outro benefício pago pelo INSS, com base nas contribuições como MEI.
  1. Sou contribuinte individual (autônoma) e fiz uma única contribuição ao INSS. Tenho direito ao salário-maternidade?

Sim, tem.
Após a decisão do STF na ADI 2.110, não é mais exigido o período mínimo de 10 contribuições. Basta uma única contribuição válida, feita antes do parto ou adoção, e dentro do prazo em que você ainda era segurada.

🚨 Mas cuidado: se essa contribuição for feita após a perda da qualidade de segurada, você não terá direito ao benefício, a menos que recupere a carência (10 contribuições).

  1. Posso receber dois salários-maternidade mesmo se os vínculos forem da mesma natureza (ex: dois empregos CLT)?

Sim.
Se você trabalha formalmente em dois lugares diferentes com registro em carteira, tem direito a receber um salário-maternidade de cada vínculo — proporcional ao salário de cada empresa.

  1. O INSS pode negar o segundo salário-maternidade mesmo que eu tenha direito?

Infelizmente, sim.
O sistema do INSS nem sempre reconhece automaticamente os dois vínculos. Nesses casos, você pode:

  • Apresentar um recurso administrativo no Meu INSS;
  • Ou, se necessário, entrar com ação judicial para garantir o benefício.
  1. Posso fazer um pedido só ou preciso fazer dois requerimentos de salário-maternidade?

🔁 Depende. Se os dois vínculos estiverem claramente registrados no CNIS e forem recentes, um único pedido com todos os documentos pode ser suficiente.

📌 No entanto, muitos especialistas recomendam fazer um requerimento para cada vínculo, principalmente quando:

  • Um vínculo é CLT e o outro é MEI, autônomo ou facultativo;
  • Há risco de o INSS ignorar o segundo vínculo por falta de informação.
  1. O valor do segundo salário-maternidade é igual ao primeiro?

🧮 Não necessariamente.
Cada salário-maternidade será calculado com base nas contribuições daquele vínculo específico.

  • CLT: com base no salário registrado na carteira;
  • MEI ou autônoma: com base nas contribuições pagas nos últimos meses (média salarial);
  • Facultativa: valor proporcional à alíquota escolhida.
  1. Posso receber salário-maternidade como segurada desempregada?

Sim, desde que ainda esteja no período de graça.
Se você engravidou enquanto estava dentro do prazo de manutenção da qualidade de segurada, tem direito. Basta uma contribuição válida feita antes do parto, conforme decisão do STF.

  1. O segundo salário-maternidade é pago pela empresa ou pelo INSS?

📌 Depende do tipo de vínculo:

  • CLT: a empresa paga e depois é ressarcida pelo INSS;
  • MEI, autônoma, facultativa ou desempregada: o pagamento é feito diretamente pelo INSS.

Essas são dúvidas muito comuns — e saber a resposta certa pode ser a diferença entre conquistar um direito legítimo ou deixá-lo passar por falta de informação.

Conclusão: vale a pena buscar esse direito?

Sem dúvida, vale muito a pena!


Receber dois salários-maternidade não é nenhum privilégio — é um direito previdenciário garantido por lei e reforçado por decisões da Justiça, inclusive do Supremo Tribunal Federal.

Se você possui dois vínculos ativos com contribuições válidas ao INSS, seja como CLT, MEI, autônoma, facultativa ou servidora pública, tem todo o respaldo legal para receber o benefício em dobro.

Mas atenção: esse direito não é automaticamente reconhecido pelo INSS. Por isso, o mais importante é:

✅ Entender quais documentos precisa reunir;
✅ Saber quando e como contribuir (especialmente se for autônoma, facultativa ou desempregada);
✅ Fazer um pedido bem fundamentado — e, se necessário, contar com ajuda de um advogado previdenciário.

Lembre-se de que o salário-maternidade é um benefício essencial no período pós-parto ou adoção, tanto para garantir renda quanto para permitir que a mãe (ou o pai, nos casos legais) se dedique à criança nesse momento tão delicado.

Se você acredita que tem direito ao segundo benefício e ainda assim ele foi negado pelo INSS, não desanime: há jurisprudência favorável, inclusive com pagamento retroativo corrigido judicialmente.

💬 Quer uma última dica?

Jamais abra mão de um direito por falta de informação.
A maternidade já exige muito de você. O INSS tem o dever de garantir sua proteção.

Se você chegou até aqui, parabéns! Agora tem tudo em mãos para:

✅ Verificar se tem direito a dois salários-maternidade;
✅ Saber como fazer a contribuição correta;
✅ Reunir a documentação necessária;
✅ E, principalmente, buscar o que é seu por direito.

Compartilhe este conteúdo com outras mães ou futuras mães que podem se beneficiar dessa informação.
Um benefício pode não parecer muito, mas dois podem mudar todo o planejamento da sua família.

Benefício negado: o que fazer quando o BPC é recusado para criança com autismo ou TDAH?

Se você sofre com dores, formigamento ou perda de força nas mãos devido à síndrome do túnel do carpo, pode ter direito a um benefício do INSS.

Essa condição afeta muitos trabalhadores que realizam movimentos repetitivos com as mãos, como digitadores, operários, costureiras e bancários, podendo impedir a realização de atividades profissionais.

📌 A boa notícia é que o INSS pode conceder benefícios como o auxílio-doença, a aposentadoria por invalidez ou até o BPC para quem tem síndrome do túnel do carpo!

Neste artigo, você vai descobrir:

Se a síndrome do túnel do carpo pode dar direito ao auxílio-doença e como solicitar;
Quando é possível conseguir a aposentadoria por invalidez;
Quem tem síndrome do túnel do carpo pode receber o BPC/LOAS?;
Passo a passo para pedir seu benefício do INSS.

🔎 Se você ou alguém da sua família sofre com essa condição e precisa de um benefício, continue lendo e descubra como garantir esse direito!

📌 Quem Tem Síndrome do Túnel do Carpo Pode Receber o Auxílio-Doença do INSS?

 

Sim! O auxílio-doença é indicado para quem precisa se afastar temporariamente do trabalho para tratar a síndrome do túnel do carpo.

Se a dor, o formigamento e a fraqueza nas mãos estão dificultando sua rotina profissional, o auxílio-doença pode ser a melhor solução para você se afastar do trabalho sem perder sua renda.

O que o INSS realmente avalia?

  1. Deficiência funcional, não apenas o diagnóstico
    • A criança precisa apresentar impedimentos de longo prazo que restringem sua participação plena na sociedade, conforme a Lei 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência).
  2. Avaliação biopsicossocial obrigatória
    • O INSS exige perícia médica + avaliação social para formar um juízo completo sobre o caso;
    • Essa exigência, embora contestada judicialmente, ainda é aplicada enquanto não houver decisão definitiva no Tema 376 da TNU.
  3. Comprovação da vulnerabilidade socioeconômica da família
    • Não basta comprovar a deficiência da criança: é necessário demonstrar que a renda e as condições de vida são insuficientes para garantir dignidade e cuidado adequado.

📌 Em resumo:

  • Diagnóstico = início do processo
  • Laudos completos + relatórios funcionais = reforço essencial
  • Prova de vulnerabilidade = critério decisivo


Avaliação médica ou social negativa: entenda a diferença

 

Quando o BPC é negado, é fundamental entender qual etapa do processo foi desfavorável: a perícia médica ou a avaliação social. Cada uma analisa aspectos diferentes e exige estratégias distintas para reverter a decisão.


Avaliação médica (perícia) negativa

Ocorre quando o perito do INSS conclui que a criança não se enquadra como pessoa com deficiência, segundo os critérios legais. Isso pode acontecer mesmo com diagnóstico de autismo ou TDAH, se:

  • A criança é considerada autônoma nas atividades diárias;
  • Frequenta escola regular sem apoio;
  • Não apresenta limitações graves de socialização, comunicação ou aprendizado;
  • Os laudos são superficiais ou desatualizados.

Avaliação social negativa

Acontece quando o assistente social entende que a família não está em situação de vulnerabilidade, mesmo que a criança seja considerada deficiente. Os principais motivos incluem:

  • Renda acima do limite de ¼ do salário mínimo por pessoa;
  • Moradia considerada adequada;
  • Presença de rede de apoio;
  • Gastos com a criança não comprovados.

Estratégia para cada caso:

  • Se o problema for a perícia médica, a solução pode ser apresentar laudos mais completos e, em muitos casos, buscar uma nova avaliação judicial;
  • Se o problema for a avaliação social, vale reunir comprovantes de despesas, laudos do CRAS, e explicar melhor a situação econômica e os impactos da condição da criança.


O que significa indeferimento por renda?

 

Um dos motivos mais comuns para a negativa do BPC no INSS é o chamado “indeferimento por renda”. Mesmo que a criança com autismo ou TDAH tenha laudos comprovando a deficiência, o benefício pode ser negado se o INSS entender que a renda da família está acima do limite legal.

Qual é o limite de renda do BPC?


O critério oficial da LOAS (Lei 8.742/93) estabelece que a renda mensal por pessoa da família deve ser inferior a ¼ do salário mínimo (em 2025, isso equivale a R$ 353,00 por pessoa).

📌 Mas atenção: esse limite não é absoluto

A jurisprudência — e inclusive o próprio STF — já reconheceu que esse valor não deve ser aplicado de forma rígida, especialmente quando a família apresenta:

  • Despesas elevadas com tratamentos e medicamentos;
  • Falta de acesso a políticas públicas de apoio;
  • Situação de exclusão social, mesmo com renda “um pouco” acima do limite.
🧠 O que o INSS costuma ignorar?


Na prática, o INSS costuma desconsiderar os gastos que a família tem com a criança, como:

  • Transporte para terapias;
  • Medicamentos de uso contínuo;
  • Alimentação especial, fraldas, cuidadores;
  • Terapias particulares (quando não há oferta pelo SUS).

Esses gastos podem ser decisivos na Justiça, mas raramente são levados em conta na fase administrativa.


⚖️
E na Justiça?

É comum que juízes aceitem o abatimento das despesas essenciais da renda familiar, o que pode rebaixar a renda per capita abaixo do limite legal, permitindo a concessão do benefício.


Como recorrer da negativa do BPC?

 

Se o pedido de BPC para criança com autismo ou TDAH for negado, não é o fim da linha. Existem duas formas principais de contestar a decisão do INSS: o recurso administrativo e a ação judicial. Entender como funciona cada caminho é essencial para escolher a melhor estratégia.


1. Recurso administrativo no INSS

 

Você tem o direito de apresentar um recurso administrativo no prazo de até 30 dias após a negativa. Esse recurso pode ser feito:

  • Pelo site ou aplicativo Meu INSS;
  • Na agência do INSS, com agendamento prévio;
  • Com ajuda de um advogado especializado, que redigirá a argumentação técnica.

O que apresentar no recurso:

  • Novos laudos e relatórios atualizados;
  • Comprovantes de despesas com terapias, transporte e alimentação;
  • Explicação detalhada sobre a situação socioeconômica real da família;
  • Pedido para que seja considerada a jurisprudência atualizada.

2. Ação judicial


Se o recurso for negado ou se você quiser uma análise mais justa e completa desde o início, é possível ingressar diretamente com ação judicial.

Vantagens da via judicial:

  • Realização de nova perícia médica e avaliação social, mais imparciais;
  • Juiz pode aceitar gastos como abatimento da renda;
  • Análise costuma ser mais sensível à realidade da criança e da família;
  • Possibilidade de receber valores retroativos, desde o primeiro pedido.

📌 Importante:

Tanto no recurso quanto na ação judicial, organizar bem os documentos e relatar com clareza a situação da criança e da família aumenta muito as chances de sucesso.

Vale a pena entrar com ação judicial para o BPC infantil?

Sim, em muitos casos a ação judicial é o caminho mais eficaz para conseguir o BPC para crianças com autismo ou TDAH, principalmente quando o benefício foi negado pelo INSS por motivos técnicos ou por análise superficial.

A Justiça costuma ter uma abordagem mais humanizada, imparcial e individualizada, levando em consideração a realidade concreta da criança e da família.

🧠 Quando é indicado judicializar?

  • Quando a perícia médica do INSS foi superficial ou equivocada;
  • Quando a avaliação social ignorou despesas essenciais ou subestimou a vulnerabilidade;
  • Quando a renda familiar está levemente acima do limite, mas há gastos comprovados com tratamento;
  • Quando o recurso administrativo é negado ou leva tempo demais.

📋 Como funciona a ação judicial?

  1. É ajuizada na Justiça Federal (ou Juizado Especial, dependendo do valor);
  2. O juiz determina a realização de nova perícia médica e avaliação social, geralmente com profissionais especializados em TEA e TDAH;
  3. A sentença pode conceder o benefício e determinar o pagamento dos atrasados;
  4. O processo pode durar de 3 a 12 meses, dependendo da comarca e da complexidade.

📌 Vantagem extra:

Na via judicial, a jurisprudência permite que o juiz afaste o critério rígido da renda e considere a realidade da família, inclusive autorizando o abatimento de despesas da renda per capita — algo raramente aceito pelo INSS.


Documentos que reforçam o pedido após indeferimento

 

Se o BPC da criança com autismo ou TDAH foi negado, seja na esfera administrativa ou judicial, é essencial reforçar a documentação antes de recorrer ou entrar com ação judicial. Quanto mais provas concretas forem apresentadas, maiores as chances de sucesso.

Documentos que fortalecem o pedido:

  1. Laudo médico detalhado e atualizado
    • Deve conter:
      • CID (ex: F84.0 para autismo, F90.0 para TDAH);
      • Descrição das limitações funcionais reais da criança;
      • Prognóstico e necessidade de cuidados contínuos;
      • Assinatura com carimbo do CRM.
  2. Relatórios de profissionais multiprofissionais
    • Psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, pedagogo;
    • Relatos sobre interação social, comunicação, aprendizado e rotina.
  3. Relatório escolar
    • Informações sobre comportamento, rendimento, mediação escolar, faltas e dificuldades de socialização;
  4. Comprovantes de despesas mensais
    • Medicamentos, terapias, transporte, alimentação especial, cuidadores, fraldas.
  5. Declaração de vulnerabilidade
    • Pode ser feita pelo CRAS, CAPS, escola, ou entidades que acompanham a família.
  6. Fotos ou vídeos da rotina da criança
    • Podem ajudar a ilustrar visualmente as dificuldades que não ficam claras apenas no papel.

📌 Dica prática:

Monte uma pasta cronológica e separada por categorias: laudos, despesas, relatórios, documentos pessoais. Isso facilita muito tanto no recurso quanto na ação judicial — e demonstra organização e comprometimento com a causa.


Dúvidas comuns sobre o benefício negado

 

📌 1. Posso dar entrada novamente no BPC após a negativa?

Sim. Caso você não queira recorrer da decisão anterior, é possível protocolar um novo pedido, com documentação atualizada. Isso é comum quando há mudança na condição da criança ou agravamento do quadro clínico.

📌 2. Preciso de advogado para recorrer?

Para o recurso administrativo, não é obrigatório. Mas para entrar com ação judicial, sim — o ideal é buscar um advogado previdenciarista, com experiência em casos de BPC infantil.

📌 3. A Justiça pode aceitar o BPC mesmo com renda acima do limite?

Sim. A jurisprudência tem reconhecido que a renda per capita superior a ¼ do salário mínimo não impede a concessão do BPC, quando há prova de vulnerabilidade real e gastos elevados com a criança.

📌 4. O recurso atrasa ainda mais o processo?

Pode haver algum atraso, mas é o caminho necessário para tentar reverter a decisão sem precisar entrar com processo judicial. Se você deseja uma resposta mais célere e técnica, a ação judicial costuma ser mais eficaz.

📌 5. Já estou recebendo outro benefício. Posso pedir o BPC para meu filho?

Depende. O BPC não pode ser acumulado com outro benefício assistencial, mas a família pode ter, por exemplo, aposentadoria, pensão ou salário de um membro, e ainda assim a criança ter direito ao BPC, desde que os requisitos de renda e deficiência sejam preenchidos.


Conclusão

 

Receber uma negativa no pedido de BPC para uma criança com autismo ou TDAH é frustrante — mas não é o fim da luta. O INSS costuma aplicar critérios técnicos e burocráticos, muitas vezes sem considerar a realidade vivida pela criança e pela família.

Se o benefício foi indeferido, é possível — e recomendável — recorrer administrativamente ou buscar a Justiça, onde a análise costuma ser mais imparcial, humana e baseada em provas reais.

O mais importante é:

  • Entender o motivo do indeferimento;
  • Organizar toda a documentação corretamente;
  • Buscar apoio jurídico especializado, quando necessário;
  • E, acima de tudo, não desistir.

Com informação, estratégia e os documentos certos, é plenamente possível reverter a negativa e garantir o direito ao BPC, proporcionando mais dignidade, cuidado e qualidade de vida para sua criança.

Artrite Dá Direito a Benefício do INSS? Saiba Como Conseguir Seu Auxílio-Doença, Aposentadoria ou BPC

Se você tem artrite e sente dificuldades para trabalhar ou realizar atividades do dia a dia, pode ter direito a um benefício do INSS.

A artrite pode causar dores constantes, inchaço nas articulações e perda de mobilidade, tornando muitas profissões impossíveis de serem desempenhadas sem sofrimento.

📌 A boa notícia é que o INSS pode conceder benefícios como o auxílio-doença, a aposentadoria por invalidez ou o BPC, garantindo uma renda para que você possa focar no seu tratamento e ter mais qualidade de vida.

Neste artigo, você vai descobrir:

Se a artrite dá direito ao auxílio-doença e como solicitar;
Quando é possível conseguir a aposentadoria por invalidez por artrite;
Quem tem artrite pode receber o BPC/LOAS?;
Passo a passo para solicitar seu benefício do INSS.

🔎 Se você ou alguém da sua família sofre com artrite e precisa de um benefício, continue lendo e descubra como garantir esse direito!

Quem Tem Artrite Pode Receber o Auxílio-Doença do INSS?


Sim! O auxílio-doença é concedido para quem precisa se afastar temporariamente do trabalho devido às limitações causadas pela artrite.

Se você sente dores constantes, tem dificuldades para realizar suas funções ou precisa de tratamento contínuo, o auxílio-doença pode ser uma solução.


🔹 Como conseguir o auxílio-doença para artrite?

✔ Apresentar laudos médicos, exames e atestados que comprovem sua incapacidade temporária para o trabalho;
✔ Passar pela perícia médica do INSS, onde o médico avaliará sua condição;
✔ Estar contribuindo para o INSS (mas mesmo quem ficou um tempo sem contribuir pode ter direito, dependendo do caso).

📑 Exemplo real de quem conseguiu:
Carlos trabalha como garçom e precisa ficar longas horas em pé carregando bandejas. Após ser diagnosticado com artrite e sentir dores constantes, seu médico recomendou afastamento. Ele apresentou os laudos ao INSS e conseguiu o auxílio-doença, garantindo uma renda enquanto se trata.

💡 O auxílio-doença permite que você se afaste do trabalho sem prejuízo financeiro, garantindo seu sustento e possibilitando que você foque na sua saúde!

Quando a Artrite Pode Dar Direito à Aposentadoria por Invalidez?


Se a artrite chegou a um estágio em que você não consegue mais trabalhar de forma definitiva, pode ser possível conseguir a aposentadoria por invalidez.

Essa aposentadoria é destinada a quem não consegue mais exercer sua profissão nem se reabilitar para outra atividade.

🔹 Como conseguir a aposentadoria por invalidez?

✔ Apresentar laudos médicos que comprovem que sua artrite impede qualquer trabalho;
✔ Passar pela perícia médica do INSS, onde será avaliado se a incapacidade é permanente;
✔ Ter recebido anteriormente o auxílio-doença (na maioria dos casos, o INSS primeiro concede o auxílio-doença antes de converter para aposentadoria por invalidez).

📑 Exemplo real de quem conseguiu:

Mariana trabalhava como digitadora, mas devido à artrite, perdeu a mobilidade nos dedos e não conseguiu continuar. Após passar pela perícia e apresentar exames detalhados, o INSS concedeu a aposentadoria por invalidez, garantindo a ela uma renda fixa para o resto da vida.

💡 A aposentadoria por invalidez permite que você tenha segurança financeira sem precisar se preocupar em voltar ao trabalho!

Quem Tem Artrite Pode Receber o BPC/LOAS?


Sim! Se a artrite impede você de trabalhar e sua família tem baixa renda, é possível solicitar o Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS).

Esse benefício é ideal para quem nunca contribuiu para o INSS ou ficou muito tempo sem contribuir, mas precisa de uma renda para viver com dignidade.


🔹 Como saber se posso conseguir o BPC para artrite?

✔ Sua artrite causa dificuldade para realizar tarefas do dia a dia e limita sua independência?
✔ Sua família tem baixa renda e você precisa de ajuda para se manter?
✔ Você pode comprovar, por meio de laudos e exames, que precisa de suporte financeiro devido à doença?

📑 Exemplo real de quem conseguiu:

Ana tem 58 anos e sempre trabalhou como diarista, mas, devido à artrite, perdeu sua capacidade de trabalho. Como nunca contribuiu para o INSS, ela conseguiu o BPC, garantindo um salário mínimo por mês para ajudar em seu sustento e tratamentos.

💡 O BPC proporciona uma renda para quem não pode mais trabalhar, permitindo que você tenha mais qualidade de vida!

Como Solicitar o Benefício do INSS Para Artrite?


O pedido pode ser feito pelo Meu INSS (site ou aplicativo) ou diretamente em uma agência do INSS.

📌 Passo a passo para solicitar:

1. Reunir documentos e laudos médicos, atestados e exames que comprovem sua condição;
2. Agendar a perícia médica do INSS pelo Meu INSS ou telefone 135;
3. Comparecer à perícia médica, onde o médico avaliará sua situação;
4. Aguardar a decisão do INSS, que pode levar de 45 a 90 dias.

Se o benefício for negado, não se preocupe! Você pode recorrer administrativamente ou entrar com uma ação judicial para garantir seu direito.

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Perícia médica do INSS para BPC infantil: como funciona para crianças com autismo ou TDAH?

Se você está solicitando o BPC (Benefício de Prestação Continuada) para uma criança com autismo (TEA) ou TDAH, precisa saber: a perícia médica do INSS é uma das etapas mais importantes do processo.

É durante essa avaliação que o INSS vai verificar se a condição da criança realmente se enquadra como deficiência para fins do benefício. E, infelizmente, muitos pedidos são indeferidos justamente por falta de preparo para a perícia — mesmo quando a criança tem direito.

Neste artigo, você vai entender:

  • Como funciona a perícia médica do BPC;
  • O que o perito avalia nos casos de TEA e TDAH;
  • Quais documentos e relatórios levar;
  • E o que fazer se o laudo da perícia for negativo.

Se você quer aumentar suas chances de ter o benefício aprovado de primeira, continue a leitura. A informação certa pode fazer toda a diferença na sua jornada.

Sumário

  • O que é a perícia médica no processo do BPC?
    • Crianças com autismo ou TDAH passam por perícia?
    • Como o INSS avalia a deficiência na perícia?
    • O que levar no dia da perícia médica do BPC infantil?
    • Dicas práticas para ter uma boa avaliação pericial
    • O que fazer se o laudo da perícia for negativo?
    • Diferenças entre perícia médica e avaliação social
    • Perícia judicial: quando é possível e como funciona?
    • Perguntas frequentes sobre a perícia do BPC para TEA e TDAH
    • Conclusão


O que é a perícia médica no processo do BPC?


A perícia médica é uma etapa obrigatória para todos os pedidos de BPC para pessoas com deficiência, inclusive para crianças com autismo ou TDAH. Ela é realizada por um médico perito do INSS, e tem o objetivo de:

  • Confirmar se a criança possui uma deficiência de longo prazo (mínimo de 2 anos);
  • Avaliar se essa condição interfere na sua autonomia, aprendizado e vida social;
  • Analisar se a deficiência se enquadra no conceito legal exigido para o BPC.

Ou seja, é a perícia que vai atestar oficialmente se a criança tem ou não direito ao benefício, sob o ponto de vista médico.

📌 Importante: não confundir diagnóstico com deficiência

Ter o diagnóstico de TEA ou TDAH não garante o direito ao BPC automaticamente. O que o perito precisa verificar é se a criança tem limitações funcionais reais, como:

  • Dificuldade para se comunicar;
  • Necessidade de apoio constante;
  • Atraso no desenvolvimento;
  • Barreiras para frequentar a escola com autonomia.


🧠
A perícia médica é diferente da perícia previdenciária


Ao contrário das perícias feitas para aposentadoria por invalidez ou auxílio-doença, a perícia do BPC não avalia incapacidade para o trabalho. Ela avalia se a criança se enquadra como pessoa com deficiência, com base no que a legislação e a Convenção Internacional sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência determinam.


Crianças com autismo ou TDAH passam por perícia?

Sim. Toda criança que solicita o BPC como pessoa com deficiência passa por perícia médica obrigatória no INSS, independentemente do diagnóstico. Isso inclui crianças com:

  • Transtorno do Espectro Autista (TEA);
  • Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH);
  • Outras condições físicas, mentais, intelectuais ou sensoriais.


Por que mesmo crianças com TEA ou TDAH precisam passar por perícia?


Porque o INSS não concede o benefício apenas com base no diagnóstico. A legislação exige que a criança apresente impedimento de longo prazo, que restrinja sua participação plena e efetiva na sociedade, em igualdade com as demais da mesma idade.

Ou seja, é necessário que o perito comprove a existência de uma deficiência funcional, e não apenas a presença de um transtorno.

O que o perito vai avaliar?


O perito irá analisar:

  • Se a criança é capaz de realizar atividades básicas por conta própria;
  • Se há necessidade de apoio contínuo ou ajuda de terceiros;
  • Se existem limitações de linguagem, comportamento, socialização ou aprendizado;
  • O grau de interferência da condição na vida escolar e no convívio social;
  • A presença de comorbidades ou condições associadas que agravem o quadro.


📘
Exemplo prático

Uma criança com autismo leve, mas que frequenta a escola regular, é autônoma, se comunica e realiza tarefas diárias sem ajuda, pode ter o pedido negado, mesmo com o CID.

Por outro lado, uma criança com TDAH que apresenta dificuldades graves de aprendizado, crises frequentes, uso contínuo de medicação e dependência da mãe para atividades cotidianas, pode ser considerada deficiente para fins do BPC.

Como o INSS avalia a deficiência na perícia?


A perícia médica do INSS segue critérios técnicos e legais para avaliar se a criança com autismo ou TDAH se enquadra como pessoa com deficiência, nos termos da Lei 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência) e da LOAS.

Essa análise não se limita ao CID ou ao diagnóstico. O perito busca entender como a condição afeta a vida da criança na prática.

📌 Critérios considerados na perícia:

  1. Impedimento de longo prazo: o transtorno deve durar mais de 2 anos e ser permanente ou de difícil reversão;
  2. Barreiras enfrentadas no cotidiano: dificuldades para se locomover, se comunicar, aprender ou conviver socialmente;
  3. Grau de dependência de terceiros: se a criança precisa de ajuda para alimentação, higiene, locomoção ou acompanhamento constante;
  4. Participação em atividades sociais e educacionais: se frequenta escola, precisa de mediador, está atrasada em relação à faixa etária;
  5. Capacidade funcional global: combinando aspectos médicos, psicológicos, comportamentais e ambientais.


Instrumentos usados pelo perito

 O perito do INSS pode usar instrumentos padronizados, como:

  • Instrumento de Avaliação da Deficiência (IAD): baseado na Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF);
  • Observações clínicas diretas da criança durante a perícia;
  • Análise dos laudos, relatórios e documentos apresentados.

⚠️ Diagnóstico não é sinônimo de direito

 Mesmo com um laudo com CID F84.0 (autismo) ou F90.0 (TDAH), a concessão do benefício depende da comprovação das limitações funcionais, e não apenas da existência do transtorno.

O que levar no dia da perícia médica do BPC infantil?

 O sucesso da perícia médica do BPC depende, em grande parte, dos documentos e provas levadas no dia da avaliação. Estar bem preparado é fundamental para demonstrar ao perito a realidade da criança com autismo ou TDAH.

Veja o que não pode faltar:

  1. Documentos obrigatórios:
  • Documento de identidade da criança (RG ou certidão de nascimento + CPF);
  • Documento do responsável legal (RG e CPF);
  • Comprovante de agendamento da perícia (ou protocolo do pedido do BPC).
  1. Laudos médicos atualizados: 
  • Laudo emitido por especialista (neuropediatra, psiquiatra infantil, neurologista);
  • Deve conter:
    • CID (ex: F84.0 para autismo; F90.0 para TDAH);
    • Descrição das limitações funcionais da criança;
    • Data recente (preferencialmente dos últimos 6 meses);
    • Assinatura e carimbo com CRM do médico.
  1. Relatórios complementares: 
  • Psicólogo(a): relatando comportamento, socialização e evolução;
  • Fonoaudiólogo(a): dificuldades de comunicação e linguagem;
  • Terapeuta ocupacional: limitações motoras, cognitivas ou sensoriais;
  • Relatório da escola: com observações sobre interação, aprendizado, necessidade de mediador, comportamento em sala.
  1. Comprovantes de despesas com tratamento: 
  • Notas fiscais de terapias, medicamentos, transporte, fraldas, alimentação especial;
  • Receitas médicas que justifiquem o uso contínuo desses recursos.
  1. (Opcional, mas útil) Carta da família:

Uma carta escrita pelos pais ou responsáveis, relatando:

  • A rotina da criança;
  • As principais dificuldades enfrentadas;
  • Os custos e cuidados envolvidos;
  • A realidade familiar e social.

Essa carta ajuda a humanizar a análise e mostrar a realidade além dos papéis.

🎯 Dica final: 

Leve a criança no dia da perícia, a menos que haja justificativa médica contrária. A presença dela permite ao perito avaliar diretamente suas limitações, o que pode ser decisivo.

Dicas práticas para ter uma boa avaliação pericial

 
A perícia médica do INSS pode ser um momento decisivo para o pedido do BPC. Por isso, é essencial estar preparado para que o perito compreenda a real situação da criança com autismo ou TDAH.

Veja as principais estratégias que fazem a diferença:

🧾 1. Leve documentação completa e bem organizada 

  • Use uma pasta com divisórias ou um envelope separado por categorias (laudos, relatórios, despesas, documentos pessoais);
  • Evite entregar papéis soltos ou desorganizados;
  • Tenha cópias extras, caso seja solicitado.

🗣️ 2. Explique com clareza a realidade da criança 

  • Relate como o transtorno afeta a rotina da criança;
  • Fale sobre dificuldades para se alimentar, se vestir, se comunicar, frequentar a escola;
  • Mostre que há necessidade de apoio constante e cuidados diferenciados.

🧒 3. Deixe a criança ser observada 

  • A presença da criança é importante para que o perito observe:
    • Dificuldades de interação;
    • Respostas a estímulos;
    • Comportamento em ambiente novo;
  • Evite treinar ou ensaiar a criança — a naturalidade é essencial.

🕰️ 4. Chegue com antecedência 

  • O atraso pode ser interpretado como desistência;
  • Estar no local pelo menos 30 minutos antes do horário agendado evita imprevistos.

🧠 5. Mantenha a calma e fale com objetividade 

  • O perito está ali para avaliar com base técnica — seja objetivo, mas humano;
  • Evite exageros, mas não minimize a situação.

🎯 Dica bônus: 

Se tiver acompanhamento por um advogado, informe sobre a possibilidade de solicitar cópia do laudo pericial após o resultado, especialmente se houver indeferimento.

O que fazer se o laudo da perícia for negativo?
 

Infelizmente, muitos pedidos de BPC para crianças com autismo ou TDAH são negados após a perícia médica — mesmo quando há documentação consistente. Nesses casos, é fundamental saber como agir rapidamente para reverter a decisão.

  1. Verifique o motivo do indeferimento 

Acesse o portal Meu INSS ou ligue no 135 para consultar o resultado. O indeferimento pode ser por:

  • Ausência de deficiência” (perito entendeu que a criança não se enquadra);
  • Renda acima do permitido” (análise social);
  • Falta de documentos” (incompletude do processo).

Saber o motivo exato é essencial para definir os próximos passos.

  1. Recurso administrativo no INSS 

Você pode apresentar um recurso administrativo no prazo de até 30 dias após o indeferimento. No recurso:

  • Reforce os argumentos sobre as limitações funcionais da criança;
  • Junte novos laudos e relatórios (inclusive atualizados após a perícia);
  • Peça que o recurso seja analisado por outro perito médico.
  1. Ação judicial: quando e por que recorrer 

Se o recurso administrativo não for suficiente — ou se a negativa tiver ocorrido por renda levemente acima do limite ou laudo pericial superficial —, é possível buscar o BPC na Justiça.

Na via judicial, você terá direito a uma nova perícia com perito do juízo, que costuma ser:

  • Mais imparcial;
  • Com tempo maior de avaliação;
  • Frequentemente especializado em TEA, TDAH ou neurologia.

A Justiça também costuma considerar as despesas com terapias, medicamentos, cuidadores e alimentação especial para abater da renda — o que o INSS muitas vezes ignora.

📌 Dica jurídica: 

Antes de desistir, consulte um advogado previdenciário de confiança. Ele poderá analisar seu processo, reunir novas provas e representar a criança judicialmente, com mais chances de êxito.


Diferenças entre perícia médica e avaliação social
 

Ao solicitar o BPC para criança com autismo ou TDAH, o INSS realiza duas avaliações obrigatórias e distintas:

  • A perícia médica, feita por um médico perito;
  • A avaliação social, feita por um assistente social do INSS.

Ambas são fundamentais para a concessão do benefício e avaliam aspectos diferentes, mas complementares.

🩺 Perícia médica 

  • Realizada por médico do INSS;
  • Foco: verificar a existência de deficiência de longo prazo;
  • Avalia as limitações físicas, cognitivas e comportamentais da criança;
  • Usa como base o laudo médico, relatórios e a observação clínica;
  • Define se a criança é ou não considerada “pessoa com deficiência” para fins do BPC.

🧾 Avaliação social 

  • Realizada por assistente social do INSS;
  • Foco: avaliar a situação de vulnerabilidade da família;
  • Analisa a renda, gastos, estrutura familiar, moradia, acesso a serviços;
  • Pode incluir visita domiciliar ou entrevista presencial;
  • Verifica se a família realmente precisa do benefício para garantir o mínimo existencial da criança.


Conexão entre as duas – Para que o BPC seja concedido:

  • A perícia médica precisa confirmar a deficiência da criança;
  • A avaliação social precisa confirmar a vulnerabilidade da família.

Se apenas uma das etapas for positiva, o benefício pode ser indeferido.

Perícia judicial: quando é possível e como funciona? 


Se o INSS nega o BPC com base na perícia médica — mesmo com laudos consistentes —, uma das saídas é buscar o benefício pela via judicial. Nessa situação, o juiz poderá determinar uma nova perícia médica, realizada por um perito nomeado pelo Judiciário.

Essa perícia é chamada de perícia judicial, e tem grande peso na decisão final do processo.

📌 Quando é possível pedir a perícia judicial? 

  • Quando a perícia do INSS foi negativa, mas a família tem relatórios detalhados e documentação robusta;
  • Quando a renda familiar ultrapassa o limite de ¼ do salário mínimo, mas há gastos comprovados com tratamento;
  • Quando a avaliação do INSS foi feita de forma incompleta, superficial ou padronizada.

⚖️ Como funciona a perícia judicial? 

  1. A Justiça nomeia um perito de sua confiança (geralmente especialista em TEA, TDAH ou neurologia);
  2. A criança e os pais são convocados para comparecer à perícia, em data e local informados;
  3. O perito judicial realiza uma avaliação mais detalhada, com mais tempo e análise aprofundada;
  4. Ao final, o perito elabora um laudo judicial técnico, que será usado pelo juiz para decidir o caso.

🧠 Vantagens da perícia judicial 

  • Geralmente realizada por médicos especialistas;
  • Avaliação mais personalizada e imparcial;
  • Considera toda a realidade da criança, inclusive relatórios pedagógicos, terapias e laudos psicológicos;
  • Pode reconhecer o direito mesmo quando o INSS negou por motivos técnicos ou formais.

📘 Exemplo real 

Uma criança com TDAH grave e autismo leve teve o BPC negado pelo INSS por “ausência de deficiência”. Na Justiça, a perícia judicial reconheceu que a criança não tem autonomia, apresenta crises comportamentais e precisa de apoio constante. O juiz concedeu o benefício com base nesse laudo.


Perguntas frequentes sobre a perícia do BPC para TEA e TDAH


📌 1. Criança com laudo de autismo tem direito automático ao BPC? 

Sim, em tese o diagnóstico de autismo (TEA) já é suficiente para reconhecer a criança como pessoa com deficiência, conforme a Lei 12.764/2012, que garante esse enquadramento legal.

No entanto, na prática, o INSS vem exigindo a chamada avaliação biopsicossocial da deficiência, composta por:

  • Perícia médica com base na Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF);
  • Avaliação social feita por assistente social.

Essa exigência tem sido objeto de questionamento judicial, e está atualmente em discussão no Tema 376 da TNU (Turma Nacional de Uniformização), que vai decidir se essa exigência é obrigatória ou se o diagnóstico por si só já basta para fins de BPC.

Enquanto isso, o recomendado é apresentar o laudo diagnóstico completo, mas também reunir relatórios e documentos que demonstrem o impacto prático do autismo na vida da criança — aumentando as chances de aprovação administrativa e judicial.

📌 2. A criança precisa ir à perícia médica? 

Sim. A presença da criança é obrigatória, pois o perito precisa avaliar diretamente seu comportamento, comunicação e limitações. A ausência sem justificativa pode levar ao indeferimento automático.

📌 3. Posso levar relatórios escolares e de terapeutas? 

Deve! Esses documentos reforçam o impacto da condição da criança na vida social, educacional e familiar, e são muito valorizados pelo perito — inclusive na Justiça.

📌 4. E se o laudo do INSS for superficial? 

Você pode entrar com recurso administrativo e, se necessário, acionar a Justiça, onde será feita uma nova perícia, mais detalhada e especializada.

📌 5. O perito pode negar mesmo com laudo médico? 

Sim. O perito do INSS pode discordar do laudo apresentado e considerar que não há deficiência conforme os critérios legais. Por isso, é importante documentar tudo de forma robusta e clara.

Conclusão 

A perícia médica é uma das etapas mais importantes do pedido de BPC para crianças com autismo ou TDAH. Embora o diagnóstico de TEA, por si só, seja legalmente reconhecido como deficiência, o INSS ainda exige a comprovação funcional por meio de avaliações complementares — o que tem gerado debates jurídicos importantes, como o Tema 376 da TNU.

Seja como for, é fundamental estar bem preparado para essa avaliação. Organizar os laudos, reunir relatórios terapêuticos, relatar com clareza a rotina da criança e comparecer à perícia com todos os documentos corretos pode fazer a diferença entre a aprovação e o indeferimento.

E se o pedido for negado? Não desanime. A Justiça tem reconhecido, cada vez mais, o direito de crianças com autismo ou TDAH ao BPC, especialmente quando os impactos do transtorno estão bem documentados.

Lute pelo direito do seu filho. Com informação e orientação adequada, é possível conquistar o benefício e garantir mais qualidade de vida para sua criança.

Avaliação social do INSS para BPC de crianças com autismo ou TDAH: o que é e como funciona?

Você sabia que, além da perícia médica, o pedido de BPC (Benefício de Prestação Continuada) para crianças com autismo ou TDAH exige uma avaliação social feita por um assistente social do INSS?

Essa etapa é tão importante quanto a análise médica. É nela que o INSS verifica se a família realmente vive em situação de vulnerabilidade social — um dos requisitos essenciais para a concessão do benefício.

A avaliação social vai além da renda declarada: o assistente social considera as despesas com tratamento, as dificuldades enfrentadas pela família, as barreiras no dia a dia e a estrutura da casa. Por isso, é fundamental entender como essa etapa funciona, o que levar, como se comportar e o que fazer em caso de resultado negativo.

Neste artigo, você vai descobrir tudo o que precisa saber sobre a avaliação social para o BPC infantil em casos de autismo e TDAH — e como se preparar para aumentar as chances de aprovação do benefício.


Sumário

  • O que é a avaliação social no processo do BPC?
    • Toda criança com autismo ou TDAH passa por avaliação social?
    • O que o assistente social do INSS analisa?
    • Quais documentos apresentar na avaliação social?
    • Como se preparar para a entrevista social do BPC?
    • Avaliação social e vulnerabilidade: o que é levado em conta?
    • É possível a visita domiciliar do INSS?
    • Diferenças entre avaliação social e perícia médica
    • O que fazer se a avaliação social for desfavorável?
    • Perguntas frequentes sobre avaliação social do BPC infantil
    • Conclusão


O que é a avaliação social no processo do BPC?

A avaliação social é uma etapa obrigatória do processo de concessão do BPC para pessoas com deficiência, incluindo crianças com autismo ou TDAH. Ela é realizada por um assistente social do INSS, que tem a missão de analisar as condições socioeconômicas da família que está solicitando o benefício.

Enquanto a perícia médica verifica se a criança tem deficiência, a **avaliação social verifica se essa deficiência está inserida em um contexto de vulnerabilidade social — ou seja, se a família realmente precisa do BPC para garantir o mínimo existencial da criança.

🧾 Fundamento legal

A avaliação social está prevista no artigo 20 da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) e na Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13.146/2015). Ela integra o chamado instrumento biopsicossocial utilizado para análise da deficiência e das condições de vida.

🧠 Por que é importante?

Mesmo que a perícia médica confirme que a criança é pessoa com deficiência, o BPC pode ser negado se a avaliação social apontar que a família não está em situação de vulnerabilidade — segundo os critérios do INSS.

Por isso, essa etapa exige atenção, preparo e documentação adequada.


Toda criança com autismo ou TDAH passa por avaliação social?


Sim. Toda criança que solicita o BPC como pessoa com deficiência, inclusive nos casos de autismo (TEA) ou TDAH, precisa obrigatoriamente passar por avaliação social no INSS.

Essa avaliação é parte do processo de análise biopsicossocial, composto por:

  1. Perícia médica – para verificar a deficiência;
  2. Avaliação social – para verificar a situação de vulnerabilidade da família.

📌 Mesmo com laudo de TEA ou TDAH, a avaliação social é exigida?

Sim. Embora o diagnóstico de autismo reconheça a criança como pessoa com deficiência (Lei 12.764/2012), o INSS ainda exige que se comprove a vulnerabilidade socioeconômica para que o benefício seja concedido.

Essa exigência — que está sendo questionada judicialmente e será debatida no Tema 376 da TNU — é aplicada rotineiramente pela autarquia, inclusive em casos de autismo severo.

🧠 E se a criança tiver renda formal?

A renda da família ainda é analisada. Mesmo que esteja acima do limite oficial (¼ do salário mínimo por pessoa), é possível que a avaliação social identifique gastos elevados com tratamento, o que pode justificar a concessão do BPC.

O que o assistente social do INSS analisa?


Na avaliação social do BPC, o assistente social do INSS tem como objetivo verificar se a família da criança com autismo ou TDAH está em situação de vulnerabilidade, levando em consideração muito mais do que apenas a renda formal.

A análise é feita com base em entrevistas, documentos e, em alguns casos, visitas domiciliares.

📌 Os principais pontos avaliados são:

  1. Composição familiar
    • Quantas pessoas vivem na casa e qual o grau de parentesco;
    • Se todos dependem economicamente entre si.
  2. Renda familiar total e por pessoa
    • Salários, pensões, aposentadorias, benefícios sociais;
    • Renda informal ou não declarada.
  3. Gastos com a criança
    • Custos com medicamentos, terapias, transporte, alimentação especial, fraldas, cuidadores.
  4. Condições de moradia
    • Número de cômodos, acesso a água, energia, saneamento;
    • Se há adequações para acessibilidade ou necessidades especiais.
  5. Inserção social e escolar da criança
    • Se frequenta escola, tem acompanhamento pedagógico, necessidade de mediador;
    • Barreiras enfrentadas na vida social.
  6. Apoio institucional e familiar
    • Se a família conta com suporte do CRAS, CAPS, ONG ou outras redes;
    • Ausência de rede de apoio pode reforçar o grau de vulnerabilidade.

⚠️ Importante:

Mesmo que a renda esteja um pouco acima do limite legal, a avaliação social pode concluir que a situação da família justifica a concessão do BPC, especialmente se houver despesas elevadas e exclusão social.


Quais documentos apresentar na avaliação social?

Para que a avaliação social do BPC seja favorável, é essencial apresentar documentos que comprovem a situação de vulnerabilidade da família e os custos com o tratamento da criança com autismo ou TDAH.

Esses documentos ajudam o assistente social a formar um quadro realista da condição financeira, habitacional e social da família.

📄 Documentos indispensáveis:

  1. Comprovante de residência atualizado
    • Conta de água, luz ou correspondência oficial;
  2. RG e CPF de todos os moradores da casa
    • Incluindo a criança e os pais ou responsáveis;
  3. Declaração de composição familiar
    • Pode ser emitida pelo CRAS;
  4. Comprovantes de renda de todos os membros
    • Contracheques, extratos bancários, pensões, aposentadorias, bolsa família;
    • Declarações de ausência de renda, se necessário;
  5. Laudo médico da criança
    • Com CID e descrição das limitações funcionais;

🧾 Documentos que ajudam a demonstrar vulnerabilidade: 

  1. Relatórios de terapias e escola
    • Psicólogo, fonoaudiólogo, TO, pedagogo;
  1. Notas fiscais e receitas médicas
    • Gastos com medicamentos, alimentação especial, fraldas, transporte;
  2. Relatório do CRAS ou outro serviço social
    • Quando disponível, reforça o contexto de exclusão social;
  3. Fotos da residência (se solicitado)
    • Para demonstrar condições precárias ou ausência de infraestrutura;
  4. Declaração de gastos mensais
  • Tabelas ou planilhas que detalhem despesas com a criança.

Organizar todos esses documentos em uma pasta cronológica e separada por categorias ajuda muito na entrevista e agiliza a análise do INSS.


Como se preparar para a entrevista social do BPC?

A entrevista com o assistente social é uma etapa determinante no processo de BPC. É nesse momento que a família tem a chance de explicar, com detalhes, a realidade da criança com autismo ou TDAH e as dificuldades enfrentadas no dia a dia.

Essa conversa é registrada em um relatório técnico-social, que será usado pelo INSS na decisão final sobre o benefício.

📌 O que esperar da entrevista?

  • Pode ser feita presencialmente no INSS, ou em alguns casos por visita domiciliar;
  • O assistente social fará perguntas sobre a rotina da criança, a situação financeira da família, moradia, rede de apoio, acesso a tratamentos e escola;
  • A entrevista costuma durar de 30 a 60 minutos.


Dicas para uma boa entrevista social:

  1. Seja sincero e transparente
    • Evite exageros ou omissões. Fale a verdade sobre sua situação;
  2. Leve todos os documentos organizados
    • Como vimos no tópico anterior, isso facilita a análise e transmite credibilidade;
  3. Descreva a rotina da criança com detalhes
    • Fale das dificuldades com alimentação, higiene, sono, comportamento, escola, terapias;
  4. Explique os impactos financeiros e emocionais
    • Mostre como o transtorno exige dedicação integral e compromete a renda da família;
  5. Mostre os gastos que não aparecem na renda formal
    • Ex: transporte até a clínica, remédios, cuidadores, alimentação especial;
  6. Não leve a criança se não for solicitado
    • Diferente da perícia médica, a avaliação social não exige a presença da criança, mas se ela for convocada, prepare-se para levá-la.

🧠 Lembre-se:

O objetivo da entrevista é mostrar que, além de ter deficiência, a criança vive em um contexto de vulnerabilidade social. Seja claro, direto e demonstre a necessidade do benefício para garantir dignidade e qualidade de vida.

Avaliação social e vulnerabilidade: o que é levado em conta?

Para ter direito ao BPC, não basta que a criança com autismo ou TDAH seja considerada pessoa com deficiência. A família também precisa comprovar vulnerabilidade social, que é justamente o foco da avaliação feita pelo assistente social do INSS.

Essa vulnerabilidade não é determinada apenas pela renda formal. Ela envolve uma análise mais ampla e contextualizada, considerando diversos fatores que impactam a vida da criança e de seus cuidadores.


🧩
O que é considerado vulnerabilidade social?

  1. Renda insuficiente para suprir o mínimo existencial
    • Famílias com renda por pessoa inferior a ¼ do salário mínimo (R$ 353,00 em 2025) têm presunção de pobreza;
    • Mas mesmo quem excede esse valor pode ter direito, se comprovar despesas essenciais altas, como terapias e medicamentos.
  2. Falta de acesso a serviços públicos essenciais
    • Ausência de escola, saúde, apoio do CRAS ou CAPS;
  3. Condições precárias de moradia
    • Casas com um só cômodo, sem saneamento, telhado com infiltrações, ausência de móveis básicos;
  4. Isolamento social ou ausência de rede de apoio
    • Famílias que cuidam da criança sem ajuda de outros parentes, vizinhos ou instituições;
  5. Carga de cuidado sobrecarregada
    • Quando um dos pais precisa deixar o trabalho para cuidar integralmente da criança;
  6. Gastos mensais que comprometem a subsistência da família
    • Mesmo que a renda ultrapasse o limite, se houver comprovação de que a maior parte é usada no cuidado da criança, é possível obter o BPC judicialmente.


📌
Importante:

A análise da vulnerabilidade é subjetiva e contextual. Por isso, a entrevista com o assistente social e os documentos apresentados fazem toda a diferença na construção de um relatório técnico favorável.

É possível a visita domiciliar do INSS?


Sim. Em alguns casos, o INSS pode realizar uma visita domiciliar como parte da avaliação social do pedido de BPC para crianças com autismo ou TDAH. Essa visita é feita por um assistente social e tem o objetivo de verificar in loco a realidade da família.

🧾 Quando o INSS costuma fazer visita domiciliar?

  • Quando há divergência nas informações do CadÚnico e dos documentos apresentados;
  • Quando a família não comparece à entrevista social presencial;
  • Quando o assistente social identifica necessidade de confirmação das condições de moradia e cuidado com a criança;
  • Quando a família mora em regiões afastadas ou em vulnerabilidade extrema.

🔍 O que o assistente social observa na visita?

  • Condições físicas da residência (quantidade de cômodos, ventilação, limpeza, acessibilidade);
  • Composição familiar real (quem mora na casa, presença de outros dependentes);
  • Situação da criança (interações, comportamento, cuidados recebidos);
  • Evidências visuais de pobreza ou exclusão social (ausência de móveis básicos, roupas em más condições, alimentação escassa, etc.).

📌 É necessário autorizar a entrada?

Sim, a visita só pode ocorrer com o consentimento da família. Recusar a entrada pode levar à suspensão da análise do pedido, mas a decisão final dependerá do contexto. O ideal é permitir a visita e cooperar com clareza e transparência.

🧠 Dica importante:

Durante a visita, seja honesto e não tente “maquiar” a situação da casa. O objetivo do assistente social é compreender a realidade, não julgar. Fotos ou anotações podem ser incluídas no relatório final.

Diferenças entre avaliação social e perícia médica

No processo de BPC para crianças com autismo ou TDAH, é comum haver dúvidas sobre o papel de cada etapa. A avaliação social e a perícia médica são complementares, mas têm objetivos distintos e são conduzidas por profissionais diferentes.

Entender essa diferença é essencial para organizar melhor os documentos e prestar as informações corretas em cada fase.

🩺 Perícia médica:

  • Quem realiza: médico perito do INSS;
  • Objetivo: avaliar se a criança é considerada pessoa com deficiência, nos termos da lei;
  • Critérios analisados: limitações físicas, cognitivas, sensoriais ou comportamentais; necessidade de apoio permanente; impedimentos de longo prazo;
  • Instrumentos: observação clínica, laudos médicos, relatórios terapêuticos, uso da Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF);
  • Foco: aspectos médicos e funcionais da criança.

👥 Avaliação social:

  • Quem realiza: assistente social do INSS;
  • Objetivo: verificar se a família vive em situação de vulnerabilidade social;
  • Critérios analisados: renda familiar, composição do grupo, moradia, rede de apoio, acesso a serviços, gastos com o tratamento da criança;
  • Instrumentos: entrevista social, documentos, visitas domiciliares (quando necessário);
  • Foco: contexto social, econômico e habitacional da família.

🔄 Complementaridade:

Para que o BPC seja concedido:

✅ A perícia médica deve confirmar a deficiência da criança;
✅ A avaliação social deve confirmar a vulnerabilidade da família.

Se uma das duas etapas for desfavorável, o benefício pode ser indeferido.


O que fazer se a avaliação social for desfavorável?


Quando a avaliação social do INSS é negativa, o pedido de BPC para a criança com autismo ou TDAH pode ser indeferido, mesmo que a perícia médica tenha reconhecido a deficiência. Nesses casos, é importante agir rapidamente e com estratégia para tentar reverter a decisão.

📑 1. Descubra o motivo do indeferimento

Você pode consultar o motivo no Meu INSS, pelo telefone 135, ou com ajuda de um advogado. As justificativas mais comuns são:

  • Renda familiar acima do limite permitido”;
  • Ausência de vulnerabilidade social”;
  • Documentação insuficiente para comprovar despesas”;
  • Informações inconsistentes com o CadÚnico”.

🔁 2. Recurso administrativo no INSS

Você pode apresentar um recurso no prazo de 30 dias após o indeferimento. No recurso, é possível:

  • Apresentar novos documentos;
  • Complementar informações sobre gastos, moradia, rede de apoio;
  • Apontar falhas ou omissões na análise do assistente social.

⚖️ 3. Ação judicial: caminho viável

Se o recurso for negado ou se a negativa for injusta desde o início, é possível ingressar com ação judicial. Na Justiça:

  • O juiz poderá determinar uma nova avaliação social e médica, com peritos imparciais;
  • Serão considerados gastos reais da família com o cuidado da criança;
  • A jurisprudência costuma ser mais flexível quanto à renda familiar, principalmente quando há laudos consistentes e comprovação de despesas elevadas.

💡 Dica prática:

Em caso de negativa, busque orientação jurídica especializada. Muitos casos de indeferimento administrativo são revertidos na Justiça, especialmente quando a documentação é robusta e bem apresentada.


Perguntas frequentes sobre avaliação social do BPC infantil

📌 1. A avaliação social é obrigatória mesmo com laudo de autismo?

Sim. Mesmo que o laudo confirme o diagnóstico de autismo (TEA), o INSS exige a avaliação social para verificar se a família vive em vulnerabilidade. Essa exigência está sendo discutida judicialmente (Tema 376 da TNU), mas continua sendo aplicada pelo INSS.

📌 2. O que acontece se eu não comparecer à avaliação social?

A ausência injustificada pode levar ao indeferimento automático do pedido. Em alguns casos, o INSS agenda uma visita domiciliar, mas o ideal é comparecer e cooperar com o processo.

📌 3. A criança precisa estar presente na entrevista com o assistente social?

Geralmente, não. A presença da criança é obrigatória na perícia médica, mas não é exigida na avaliação social, salvo se houver solicitação específica.

📌 4. Posso recorrer se a avaliação social for negativa?

Sim. É possível apresentar um recurso administrativo ao INSS ou entrar com uma ação judicial, onde uma nova avaliação pode ser determinada pelo juiz, com análise mais aprofundada.

📌 5. O que mais pesa na decisão do assistente social?

O conjunto das informações: renda, despesas comprovadas, estrutura familiar, condição da moradia e ausência de rede de apoio. Mostrar que a família realmente precisa do benefício é essencial.


Conclusão


A avaliação social do INSS é uma etapa essencial para a concessão do BPC à criança com autismo ou TDAH. Mais do que comprovar o diagnóstico, é necessário demonstrar que a família vive em vulnerabilidade social, com dificuldades reais para garantir o mínimo existencial da criança.

Embora o laudo médico com o CID seja fundamental, a entrevista com o assistente social, os documentos apresentados e a possível visita domiciliar são decisivos para que o benefício seja aprovado. E mesmo quando a renda formal da família ultrapassa o limite legal, é possível demonstrar vulnerabilidade por meio de despesas comprovadas, ausência de rede de apoio e exclusão social.

Se o pedido for negado, não desista. Muitos casos são revertidos em recurso administrativo ou judicial, com nova avaliação social e decisões mais humanas e contextualizadas.

Portanto, informe-se, organize seus documentos, mostre a realidade da sua família com transparência — e, se necessário, conte com o apoio jurídico para garantir o direito da sua criança.

Documentos necessários para o BPC de crianças com autismo ou TDAH: o que apresentar ao INSS?

Você é pai, mãe ou responsável por uma criança diagnosticada com autismo (TEA) ou TDAH, e está em busca do BPC (Benefício de Prestação Continuada)?

Então, antes de tudo, saiba: a documentação é o coração do processo.

Muitos pedidos do BPC são negados não por falta de direito, mas por ausência de provas suficientes. Isso porque o INSS analisa minuciosamente cada documento para verificar:

  • Se a criança realmente apresenta deficiência com impedimento de longo prazo;
  • Se a família vive em situação de vulnerabilidade social;
  • E se os gastos com tratamento justificam a necessidade do benefício.

Neste artigo, você vai descobrir quais documentos são exigidos, como organizá-los corretamente e quais laudos aumentam suas chances de aprovação — tudo de acordo com as regras atualizadas do INSS em 2025.

Sumário:

  • Quem pode solicitar o BPC para crianças com autismo ou TDAH?
    • Por que a documentação é tão importante no pedido do BPC?
    • Documentos pessoais da criança e da família
    • Laudos médicos e relatórios especializados (TEA e TDAH)
    • Comprovantes de renda e despesas com tratamento
    • Cadastro Único: como atualizar corretamente
    • Como montar um dossiê completo para o INSS
    • Dicas práticas para evitar a negativa do benefício
    • Perguntas frequentes sobre documentos do BPC infantil
    • Conclusão

 

Quem pode solicitar o BPC para crianças com autismo ou TDAH?


O BPC (Benefício de Prestação Continuada) é um benefício assistencial pago pelo INSS a quem comprova situação de vulnerabilidade social. No caso de crianças e adolescentes, ele pode ser solicitado quando:

  • A criança possui uma deficiência de longo prazo (superior a dois anos), de natureza física, mental, intelectual ou sensorial;
  • Essa deficiência compromete sua autonomia e participação plena na sociedade;
  • A renda familiar por pessoa é de até ¼ do salário mínimo (R$ 379,50 em 2025), podendo ser ampliada para ½ salário mínimo judicialmente, se houver comprovação de gastos elevados com a deficiência.


🧩
No caso do autismo (TEA)


A Lei 12.764/2012 já reconhece expressamente que o autista é Pessoa com Deficiência para todos os efeitos legais. Portanto, todas as crianças com TEA podem ter direito ao BPC, desde que haja comprovação de:

  • Impedimentos funcionais relevantes;
  • Necessidade de apoio contínuo;
  • Vulnerabilidade social da família.


🧠
No caso do TDAH


O TDAH isolado não é automaticamente considerado deficiência. No entanto, se o transtorno comprometer de forma grave o aprendizado, a comunicação, a autonomia ou a socialização da criança, é possível obter o BPC — especialmente com apoio de laudos especializados e documentação robusta.


👥
Quem faz o pedido?


O pedido pode ser feito por:

  • Pai, mãe ou responsável legal (com tutela ou guarda formal);
  • Representante legal designado judicialmente;
  • Procurador autorizado, com instrumento de procuração e documentos do requerente.


Por que a documentação é tão importante no pedido do BPC?


O BPC é um benefício que depende da análise documental rigorosa feita pelo INSS. Ao contrário de outros benefícios automáticos, o BPC só será concedido se você provar cada requisito exigido por lei.

Ou seja: não basta a criança ter um diagnóstico de autismo ou TDAH. É necessário comprovar:

  1. Que esse transtorno configura uma deficiência de longo prazo;
  2. Que há impactos reais na vida cotidiana da criança;
  3. Que a família está em situação de baixa renda, com ou sem dedução de despesas.

E como isso é comprovado? Com documentos — bons documentos.


📌
O INSS analisa três frentes principais:

  1. Documentação pessoal e da família: para confirmar vínculos, composição familiar e acesso ao CadÚnico;
  2. Laudos médicos e relatórios terapêuticos: para identificar a deficiência e as limitações funcionais;
  3. Comprovantes de renda e de despesas: para definir se a família se enquadra nos critérios financeiros.

⚠️ A falta de um único documento pode impedir a concessão


Pedidos são frequentemente indeferidos por:

  • Laudo médico incompleto (sem CID, sem descrição das limitações);
  • Ausência de relatório de escola ou terapeutas;
  • Falta de comprovantes de renda ou despesas;
  • Cadastro Único desatualizado.

É por isso que ter um dossiê bem montado é o primeiro passo para garantir o BPC da sua criança.


Documentos pessoais da criança e da família


Antes de entrar na parte médica e social do processo, o INSS exige a apresentação de documentos básicos da criança e de todos os integrantes da família que residem no mesmo domicílio. Esses documentos são usados para comprovar a composição familiar, a residência e a identidade dos envolvidos.

Confira abaixo a lista:


📄
Documentos da criança (requerente do BPC):

  • Certidão de nascimento ou RG e CPF da criança;
  • Cartão do SUS;
  • Comprovante de residência atualizado;
  • Cartão do CadÚnico com NIS (Número de Identificação Social);
  • CIPTEA (Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista), se houver.


📄
Documentos dos membros da família (moradores da mesma casa):

  • RG e CPF de todos os adultos da casa;
  • Certidão de nascimento das crianças;
  • Comprovantes de renda: contracheques, extratos bancários, recibos, comprovantes de pensões ou benefícios;
  • Carteira de trabalho (mesmo que sem registro);
  • Declaração de não recebimento de renda, caso algum membro não tenha nenhuma fonte de renda.

📌 Observação importante:

O INSS considera como grupo familiar apenas as pessoas que moram sob o mesmo teto e têm dependência econômica entre si, como:

  • Pais e filhos;
  • Cônjuges ou companheiros;
  • Irmãos menores;
  • Avós ou netos, se morarem juntos e forem dependentes.

Outras pessoas que apenas residem no mesmo endereço, mas não compõem economicamente a família, não entram no cálculo da renda per capita — desde que isso seja comprovado.

Laudos médicos e relatórios especializados (TEA e TDAH)


Entre todos os documentos exigidos no pedido do BPC, os laudos médicos e relatórios de profissionais da saúde e da educação são os mais decisivos para comprovar a deficiência de longo prazo da criança.

Esses documentos demonstram como o autismo ou o TDAH afetam a vida prática, o desenvolvimento e a autonomia da criança — requisitos essenciais para o reconhecimento do direito ao benefício.


🧾
Laudo médico essencial


Deve ser emitido por um profissional especialista (neuropediatra, psiquiatra infantil, neurologista ou médico da rede pública) e conter obrigatoriamente:

  • Identificação completa da criança e do médico;
  • CID da condição médica (ex: F84.0 para autismo; F90.0 para TDAH);
  • Descrição do histórico clínico da criança;
  • Relato das limitações funcionais: comunicação, socialização, autonomia, comportamento, etc.;
  • Menção à necessidade de apoio contínuo ou terapias regulares;
  • Data de emissão recente (preferencialmente dos últimos 6 meses);
  • Assinatura e carimbo com CRM do médico.


📋
Relatórios complementares (fortemente recomendados)


Além do laudo médico, é fundamental apresentar relatórios de outros profissionais que acompanham a criança, como:

  • Psicólogo(a): detalhando o perfil comportamental, transtornos associados, evolução terapêutica;
  • Fonoaudiólogo(a): destacando déficits de linguagem, comunicação ou alimentação;
  • Terapeuta ocupacional: relatando dificuldades motoras, de autonomia, autocuidado e rotina;
  • Escola (relatório pedagógico): com observações sobre comportamento em sala, dificuldades cognitivas, aprendizagem, interações sociais;
  • Nutricionista ou pediatra (se houver dieta especial ou alimentação seletiva);
  • Assistente social ou CRAS: relato de contexto familiar, socioeconômico e demandas especiais.

Esses relatórios reforçam a prova de que o transtorno afeta significativamente a vida da criança, o que pode ser decisivo na concessão do benefício.

📝 Dica prática:

Monte uma pasta com todos os laudos e relatórios, organizados por profissional e por data, e mantenha cópias atualizadas para apresentar ao INSS ou, se necessário, na Justiça.

Comprovantes de renda e despesas com tratamento


Além de comprovar a deficiência da criança, é essencial demonstrar que a família se encontra em situação de vulnerabilidade econômica. Para isso, o INSS exige provas formais da renda familiar e permite a apresentação de comprovantes de despesas com o tratamento da criança, que podem ser abatidos da renda.

Esse ponto pode ser determinante para viabilizar a concessão do benefício, especialmente quando a renda familiar ultrapassa o limite de ¼ do salário mínimo.

📄 Comprovantes de renda familiar:


Apresente os documentos de todos os membros da casa que possuem algum rendimento, como:

  • Contracheques;
  • Extratos de aposentadorias ou pensões;
  • Recibos de autônomos ou MEIs;
  • Extratos bancários;
  • Declaração de não recebimento de renda (para quem não tem nenhum rendimento);
  • Carteira de trabalho (mesmo sem registro, para comprovar ausência de vínculo).


📉
Comprovantes de despesas dedutíveis:


Esses documentos são fundamentais para reduzir o valor da renda per capita calculado pelo INSS, demonstrando que boa parte da renda familiar é usada para manter o tratamento da criança com TEA ou TDAH.

O que pode ser apresentado:

  • Receitas médicas com indicação de uso contínuo de medicamentos;
  • Notas fiscais de medicamentos;
  • Comprovantes de pagamento de terapias (fonoaudiologia, psicologia, TO, psicopedagogia, etc.);
  • Relatórios médicos justificando alimentação especial;
  • Notas de compras de alimentos específicos ou suplementos;
  • Comprovantes de transporte até clínicas, hospitais ou escolas especializadas;
  • Despesas com fraldas, produtos de higiene e equipamentos de apoio;
  • Pagamentos de cuidadores, se houver.

📌 Observação:

Todos os gastos devem estar diretamente relacionados à condição da criança e comprovados documentalmente, de preferência com notas fiscais em nome dos pais/responsáveis, e relatórios ou receitas que justifiquem o uso.

Cadastro Único: como atualizar corretamente

O Cadastro Único (CadÚnico) é um dos principais requisitos para acessar o BPC/LOAS. Sem estar inscrito e com os dados atualizados, o benefício não será concedido pelo INSS — mesmo que todos os outros documentos estejam corretos.

📌 O que é o CadÚnico?


É um sistema do Governo Federal que reúne informações sobre famílias de baixa renda. Ele é usado para analisar a situação socioeconômica do grupo familiar e permitir o acesso a programas como:

  • Bolsa Família (Auxílio Brasil);
  • Tarifa Social de Energia;
  • BPC/LOAS;
  • Benefícios estaduais e municipais.


🧾
Quem deve estar inscrito?


Todos os membros da família que vivem na mesma residência. Isso inclui pais, filhos, avós, irmãos e outros, desde que tenham vínculo econômico e morem juntos.

🛠️ Como fazer ou atualizar o CadÚnico?

  1. Vá até o CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) mais próximo;
  2. Leve os documentos de todos os membros da casa (RG, CPF, certidão de nascimento, comprovante de residência);
  3. Peça para atualizar o CadÚnico (ou fazer o primeiro cadastro, se ainda não tiver);
  4. Verifique se o NIS da criança está ativo e vinculado ao grupo familiar;
  5. Guarde o comprovante de atualização ou ficha resumo — será exigido no pedido do BPC.


Prazo de validade

O CadÚnico precisa estar atualizado nos últimos 2 anos, mas o ideal é manter os dados sempre atualizados, principalmente em caso de:

  • Mudança de endereço;
  • Alteração de renda;
  • Entrada ou saída de moradores na casa.

⚠️ Atenção:

Se o CadÚnico estiver desatualizado ou com informações incorretas, o INSS poderá indeferir o pedido automaticamente.

Como montar um dossiê completo para o INSS


Organizar corretamente os documentos é essencial para aumentar as chances de aprovação do BPC. Um processo bem montado transmite seriedade e facilita o trabalho dos servidores do INSS, evitando atrasos, exigências desnecessárias ou indeferimentos por falta de provas.

Veja abaixo como montar um dossiê estratégico e completo:


🗂️
1. Separe os documentos por categorias


Divida os papéis em 5 seções principais:

  1. Documentos pessoais (da criança e dos familiares);
  2. Comprovantes de renda e CadÚnico;
  3. Laudos médicos e relatórios terapêuticos;
  4. Relatórios escolares e avaliações complementares;
  5. Notas fiscais e comprovantes de despesas com tratamento.

Utilize pastas físicas com divisórias ou arquivos digitais bem nomeados, caso vá fazer o pedido pelo Meu INSS.


🧠
2. Garanta que todos os laudos estejam atualizados

  • Laudos e relatórios com mais de 6 meses podem ser questionados;
  • Certifique-se de que os documentos médicos contenham CID, CRM, assinatura legível e descrição das limitações;
  • Relatórios de escola e terapeutas devem ser claros e objetivos, com linguagem acessível e profissional.


🧾
3. Comprove todos os gastos relevantes

  • Organize por tipo de despesa: terapias, remédios, alimentação, transporte;
  • Guarde receitas médicas junto das notas fiscais;
  • Inclua justificativas médicas para dietas especiais ou uso de fraldas;
  • Se possível, monte uma planilha ou tabela com os custos mensais totais.


🗃️
4. Inclua o comprovante de atualização do CadÚnico

Sem ele, o INSS pode nem analisar o restante do pedido. Tenha sempre a ficha resumo do CadÚnico atualizada.


📑
5. Faça uma carta de apresentação (opcional, mas poderosa)

Inclua uma carta simples explicando a situação da criança, suas limitações e os custos do tratamento. Essa carta pode ser escrita pelo responsável legal e ajuda a humanizar o processo.

Com esse dossiê em mãos, você terá uma base sólida para solicitar o BPC com mais segurança — e, se necessário, contestar um indeferimento.

Dicas práticas para evitar a negativa do benefício


Mesmo com direito ao BPC, muitas famílias têm o pedido negado por falhas simples, como documentos incompletos, laudos genéricos ou CadÚnico desatualizado. A seguir, veja algumas orientações práticas para evitar esse tipo de problema e aumentar suas chances de concessão:

📌 1. Não entregue laudos genéricos

Evite laudos médicos com descrições vagas como “autismo leve” ou “TDAH controlado”. O ideal é que o laudo:

  • Apresente o CID da condição (ex: F84.0 ou F90.0);
  • Descreva com detalhes as limitações funcionais da criança;
  • Destaque a necessidade de apoio contínuo ou terapias permanentes;
  • Seja assinado por especialista com carimbo e CRM legíveis.

📌 2. Atualize o CadÚnico antes de tudo

Antes mesmo de reunir os laudos, vá ao CRAS e atualize o Cadastro Único da família. Sem esse documento, o pedido será indeferido de forma automática pelo INSS.

📌 3. Reúna comprovantes de gastos mensais

Mantenha todas as notas fiscais e receitas médicas organizadas. Se a renda familiar estiver um pouco acima do limite, esses comprovantes poderão ser usados para abater gastos e viabilizar a concessão do benefício.

📌 4. Documente a realidade da criança na escola

Peça um relatório da escola descrevendo as dificuldades da criança no convívio, no aprendizado e no comportamento. Isso reforça o impacto prático da condição na vida social e educacional da criança.

📌 5. Organize os documentos com clareza

Evite entregar papéis soltos ou sem ordem. Organize o dossiê em pastas físicas ou arquivos digitais separados por categorias. Um processo organizado facilita a análise e transmite credibilidade.

📌 6. Considere ajuda jurídica em caso de negativa

Se o pedido for indeferido, não desista. Um advogado especialista pode revisar o caso, entrar com recurso ou até mesmo levar o caso à Justiça, onde muitas decisões reconhecem o direito mesmo com renda acima do limite legal.


Perguntas frequentes sobre documentos do BPC infantil

📌 1. Preciso de laudo médico do SUS ou pode ser particular?

Pode ser de médico particular ou do SUS, desde que esteja completo, com CID, descrição das limitações e assinatura com CRM. O importante é a qualidade técnica do laudo, não a origem.

📌 2. Precisa do laudo com o CID específico?

Sim. O laudo precisa conter o CID da condição médica, como:

  • F84.0 para autismo infantil;
  • F90.0 para TDAH.

A ausência do CID pode levar à exigência de complementação ou indeferimento do pedido.

📌 3. Quantos laudos ou relatórios preciso apresentar?

Não há um número exato, mas o ideal é apresentar um laudo médico principal (neuropediatra, psiquiatra) e relatórios complementares (fonoaudiólogo, psicólogo, escola, terapeuta ocupacional), que ajudem a reforçar a limitação funcional da criança.

📌 4. Posso entregar exames como ressonância ou EEG?

Esses exames não são obrigatórios, mas podem ser anexados como prova complementar, especialmente se indicarem alterações neurológicas relevantes. O foco, porém, deve estar nos laudos e relatórios funcionais.

📌 5. E se faltar algum documento?

O INSS pode emitir um pedido de exigência, dando prazo para você complementar. Mas é melhor evitar isso, entregando o dossiê o mais completo possível desde o início. Isso acelera a análise e reduz riscos de indeferimento.


Conclusão


Solicitar o BPC para uma criança com autismo ou TDAH pode parecer um desafio burocrático, mas a chave para o sucesso está em reunir a documentação correta, completa e bem organizada.

Como vimos, não basta apenas o diagnóstico médico — é fundamental comprovar a deficiência funcional, a vulnerabilidade da família e os custos associados ao cuidado com a criança.

Em 2025, com a possibilidade de abater despesas com tratamento da renda familiar, muitas crianças que antes não conseguiam o BPC agora podem ter direito ao benefício.

Por isso, monte um dossiê estratégico, mantenha seu CadÚnico atualizado, e não hesite em buscar apoio profissional caso o pedido seja negado. Muitas famílias conseguem o BPC na via judicial, mesmo após uma negativa do INSS.

A informação correta é o primeiro passo para garantir o direito da sua criança. Organize, lute e não desista. Você não está sozinho nessa jornada.

BPC para crianças com autismo ou TDAH: quem tem direito em 2025 e como solicitar o benefício?

Você é pai, mãe ou responsável por uma criança diagnosticada com autismo (TEA) ou TDAH, e está em busca de um amparo financeiro do governo.

Então é essencial entender como funciona o BPC (Benefício de Prestação Continuada), também conhecido como LOAS, que pode ser pago para crianças com deficiência — inclusive em casos de TEA e TDAH, quando comprovadas certas condições.

Muita gente ainda acredita que o BPC é apenas para idosos, mas essa ideia está ultrapassada. Crianças e adolescentes também podem ter direito ao benefício, mesmo que nunca tenham contribuído para o INSS.

Em 2025, algumas regras importantes foram atualizadas, principalmente no que diz respeito à avaliação da renda familiar e à comprovação das despesas com tratamentos especializados, o que pode facilitar o acesso ao benefício.

Neste artigo, você vai entender com clareza:

·         Quem tem direito ao BPC em casos de autismo e TDAH;

·         Quais documentos e laudos são exigidos pelo INSS;

·         O que mudou nas regras do BPC em 2025;

·         Como fazer o pedido e o que fazer se ele for negado.

Leia com atenção até o final e descubra como garantir os direitos da sua criança. A informação correta pode transformar realidades.

Sumário:

• O que é o BPC/LOAS e para quem ele é destinado?
• Autismo e TDAH dão direito ao BPC para crianças?
• Quais os critérios para conseguir o BPC em 2025?
• Quais documentos e laudos médicos são necessários?
• Como o INSS avalia o caso: perícia médica e social
• Regras de renda e as novas deduções por gastos com tratamento
• Como funciona o pedido do BPC para TEA ou TDAH (passo a passo)
• Meu pedido foi negado: posso recorrer?
• Perguntas frequentes sobre o BPC para crianças com autismo ou TDAH
• Conclusão

O que é o BPC/LOAS e para quem ele é destinado?

O BPC (Benefício de Prestação Continuada) é um benefício assistencial previsto na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), garantido pela Constituição Federal.

Diferente da aposentadoria ou de outros benefícios do INSS, o BPC não exige contribuições previdenciárias anteriores. Isso significa que mesmo quem nunca pagou INSS pode ter direito ao benefício.

O objetivo do BPC é assegurar mínimo de dignidade para:

  • Idosos com 65 anos ou mais, em situação de vulnerabilidade social;

  • Pessoas com deficiência de qualquer idade, inclusive crianças e adolescentes, que comprovem impedimentos físicos, mentais, intelectuais ou sensoriais de longo prazo (superior a 2 anos) e baixa renda familiar.

O valor do BPC é de um salário mínimo por mês (R$ 1.518,00 em 2025) e não dá direito ao 13º salário, nem gera pensão por morte.

📌 Importante: o BPC não é aposentadoria

Apesar de ser pago pelo INSS, o BPC não é um benefício previdenciário, mas assistencial. Por isso, não exige carência, nem histórico de contribuição.

Ele é voltado para proteger pessoas em situação de vulnerabilidade social, especialmente crianças com deficiência que dependem de cuidados contínuos e cujas famílias enfrentam dificuldade financeira.

Autismo e TDAH dão direito ao BPC para crianças?


Sim, crianças e adolescentes diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) podem ter direito ao BPC/LOAS, desde que sejam cumpridos dois requisitos principais:

  1. Comprovar que o transtorno gera impedimento de longo prazo que afeta sua autonomia e limita sua participação plena na sociedade em igualdade de condições com outras crianças da mesma idade;

  2. Estar em situação de baixa renda, dentro dos limites legais exigidos (que explicaremos em detalhes mais adiante).

🧠 TEA (Transtorno do Espectro Autista)

A lei 12.764/2012 reconhece expressamente que o autista é considerado Pessoa com Deficiência (PcD) para todos os efeitos legais.

Isso significa que todos os níveis de autismo (leve, moderado ou severo) podem ser enquadrados como deficiência, desde que haja comprovação de limitações funcionais significativas e dificuldades na vida diária, escolar ou social.

🧠 TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade)

O TDAH, por si só, não é automaticamente considerado uma deficiência. No entanto, pode dar direito ao BPC se for comprovado que o transtorno causa impedimento duradouro e grave que afete significativamente o desenvolvimento da criança.

Isso costuma ocorrer nos casos mais severos de TDAH, geralmente associados a outras comorbidades (como dislexia, ansiedade severa, autismo leve, entre outros).

🎯 O que o INSS considera deficiência para fins de BPC?


Para fins de BPC, o INSS adota o conceito de deficiência como impedimento de longo prazo, que interfira na capacidade da criança de participar plenamente da sociedade, considerando:

  • Dificuldade na comunicação;

  • Necessidade de cuidados permanentes;

  • Dificuldade de socialização e interação;

  • Limitações de aprendizado e autonomia;

  • Acompanhamentos médicos, terapêuticos e uso contínuo de medicação.

Assim, tanto crianças com TEA quanto com TDAH, se avaliada essa condição, podem sim receber o BPC.

Quais os critérios para conseguir o BPC em 2025?

Para que uma criança com autismo (TEA) ou TDAH tenha direito ao BPC em 2025, é necessário comprovar dois grupos de requisitos: o da deficiência e o da renda familiar.

1. Critérios relacionados à deficiência

A criança precisa apresentar um impedimento de longo prazo (mínimo de dois anos), de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que limite sua participação plena e efetiva na sociedade, considerando sua idade e o meio em que vive.

Esses são os elementos analisados pelo INSS:

  • Laudo médico atualizado, com CID correspondente (ex: F84.0 para TEA, F90.0 para TDAH);

  • Relatórios de profissionais de saúde e educação (fonoaudiólogos, psicólogos, psiquiatras, terapeutas, escolas);

  • Evidência de limitações funcionais reais: dificuldades para se comunicar, para realizar atividades diárias, para frequentar escola sem apoio, entre outros;

  • Necessidade de acompanhamento constante, terapias regulares ou cuidados especiais;

  • Avaliação conjunta por perícia médica e perícia social do INSS.

Importante: não basta apenas o diagnóstico. O que será considerado é como essa condição interfere na autonomia e no cotidiano da criança.

2. Critérios de renda familiar

Em 2025, o critério formal do INSS para concessão do BPC exige que a renda per capita da família seja de até ¼ do salário mínimo (R$ 379,50).

Mas atenção: judicialmente, esse limite pode ser ampliado para até meio salário mínimo por pessoa (R$ 759,00), desde que fique demonstrada a situação de vulnerabilidade da criança.

Além disso, o próprio INSS passou a permitir o abatimento de gastos essenciais com a deficiência, como:

  • Medicamentos contínuos;

  • Alimentação especial prescrita;

  • Fraldas e materiais de higiene;

  • Consultas médicas e terapias não custeadas pelo SUS;

  • Transporte até clínicas e centros de reabilitação.

Essas despesas podem ser deduzidas da renda familiar, permitindo que a criança seja enquadrada no critério mesmo quando, em um primeiro olhar, a renda parecer acima do limite.

📌 Resumo dos critérios em 2025:

Requisito

Descrição

Deficiência

TEA ou TDAH com impedimento duradouro

Duração do impedimento

Mais de 2 anos (longo prazo)

Avaliação médica e social

Obrigatória

Renda por pessoa (INSS)

Até ¼ do salário mínimo (R$ 379,50 em 2025)

Renda por pessoa (Judicial)

Pode ser ampliada para até ½ salário mínimo (R$ 759,00)

Dedução de gastos com tratamento

Permitida com comprovantes

Cadastro no CadÚnico

Obrigatório e atualizado nos últimos 2 anos

 

Quais documentos e laudos médicos são necessários?


A documentação é uma etapa fundamental para garantir o acesso ao BPC para crianças com autismo ou TDAH. O INSS analisará cada detalhe para comprovar tanto a condição de deficiência quanto a situação socioeconômica da família.

A seguir, veja os documentos essenciais que devem ser reunidos:

📄 Documentos da criança e da família:

  • Documento de identidade da criança (certidão de nascimento, RG ou CPF);

  • Documentos de todos os membros da família que moram na mesma casa;

  • Comprovante de residência atualizado;

  • Cadastro atualizado no CadÚnico (obrigatório para todos os membros do grupo familiar);

  • Comprovantes de renda: contracheques, extratos bancários, aposentadorias, pensões ou outros rendimentos;

  • Comprovantes de despesas com tratamentos (ver lista mais abaixo).

🩺 Documentos e laudos médicos:

  • Laudo médico com CID correspondente ao transtorno (Ex: F84.0 – TEA, F90.0 – TDAH);

  • Descrição detalhada das limitações funcionais da criança, com informações claras sobre:

    • Dificuldades cognitivas;

    • Problemas de interação social;

    • Necessidade de acompanhamento contínuo;

    • Afastamento de atividades escolares;

  • Relatórios de profissionais especializados (neuropediatra, psiquiatra, fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional, psicopedagogo);

  • Avaliações escolares, quando possível, que apontem as dificuldades da criança;

  • CIPTEA (Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista), se houver.

💰 Comprovantes de gastos com tratamento:

Para dedução da renda familiar, junte todos os comprovantes relacionados aos cuidados com a criança, como:

  • Receitas médicas com indicação de uso contínuo;

  • Notas fiscais de medicamentos;

  • Comprovantes de pagamento de terapias (fono, psicólogo, TO, etc.);

  • Relatórios médicos que justifiquem alimentação especial;

  • Despesas com transporte até clínicas, hospitais ou escolas especiais;

  • Fraldas, suplementos, itens de higiene vinculados à condição.

📝 Dica prática:

Organize os documentos em duas pastas: uma para os dados pessoais e da renda familiar; outra apenas para os laudos, exames, relatórios e comprovantes de gastos. Isso facilitará a análise na hora da perícia e evitará atrasos no processo.

Como o INSS avalia o caso: perícia médica e social


Após a entrega dos documentos, o processo de concessão do BPC para crianças com autismo ou TDAH passa por duas etapas fundamentais: a perícia médica e a avaliação social. Ambas são realizadas por profissionais do INSS e têm o objetivo de confirmar se a criança se enquadra nos critérios de deficiência exigidos por lei.

👩‍⚕️ 1. Perícia médica

A perícia médica é feita por um médico do INSS, que analisará todos os laudos apresentados e fará uma avaliação direta da criança, se necessário.

Na perícia, o profissional irá observar:

  • Os impactos práticos do transtorno no cotidiano da criança;

  • A necessidade de apoio constante para as atividades básicas;

  • As condições cognitivas, sociais e comportamentais;

  • O vínculo entre o diagnóstico e a limitação funcional;

  • Se a deficiência é de longo prazo (mínimo de dois anos).

Importante: o simples diagnóstico de TEA ou TDAH não garante o benefício. O que importa é o grau de comprometimento da vida da criança e a repercussão prática do transtorno no seu desenvolvimento.

👨‍👩‍👧 2. Avaliação social (assistente social)

A segunda etapa é a visita ou entrevista com o assistente social do INSS, que fará uma análise do ambiente familiar, condições de vida e necessidades especiais.

Essa avaliação leva em conta:

  • A realidade socioeconômica da família (habitação, saneamento, renda, acesso à educação e saúde);

  • A existência de barreiras sociais e ambientais enfrentadas pela criança;

  • Os custos adicionais que o cuidado com a criança impõe à família;

  • A rede de apoio disponível (escola, terapias, transporte, saúde pública).

Essa etapa é determinante para que o INSS compreenda a situação de vulnerabilidade social e a necessidade do benefício para garantir dignidade à criança.

📌 Dica valiosa:

Apresente o máximo de informações e documentos durante essas avaliações. Quanto mais completa, clara e organizada for sua documentação, maior será a chance de êxito na concessão do BPC.

Regras de renda e as novas deduções por gastos com tratamento

A análise da renda familiar per capita é um dos principais obstáculos enfrentados por quem solicita o BPC para crianças com autismo ou TDAH. No entanto, as regras foram flexibilizadas nos últimos anos — tanto administrativamente quanto judicialmente —, tornando o acesso ao benefício mais justo e realista.

📏 Qual é o limite de renda exigido pelo INSS?


O critério oficial do INSS exige que a renda por pessoa da família seja de até ¼ do salário mínimo (R$ 379,50 em 2025).

Mas esse critério não é absoluto. Com base em decisões do STF e na jurisprudência dos tribunais, o limite pode ser ampliado judicialmente para até meio salário mínimo por pessoa (R$ 759,00 em 2025), desde que comprovada a situação de vulnerabilidade social da criança.

🧾 O que pode ser deduzido da renda?


Desde 2022, o INSS passou a aceitar a dedução de despesas diretamente relacionadas à condição da criança. Em outras palavras, gastos com cuidados especiais podem “descontar” da renda da família, permitindo que mais crianças com TEA ou TDAH se enquadrem no critério de renda.

Podem ser deduzidos:

  • 🧠 Terapias (fonoaudiologia, psicologia, psicopedagogia, terapia ocupacional);

  • 💊 Medicamentos contínuos, desde que prescritos;

  • 🍽️ Alimentação especial, se recomendada por nutricionista ou médico;

  • 🧼 Fraldas, suplementos, itens de higiene;

  • 🚕 Despesas com transporte para clínicas e hospitais;

  • 🧾 Consultas particulares ou complementares ao SUS;

  • 📚 Material escolar especializado, se necessário.

Esses custos devem ser comprovados por notas fiscais, receitas médicas e relatórios terapêuticos.

📘 Exemplo prático

Imagine uma família de quatro pessoas, com renda total de R$ 2.800,00. A renda per capita seria de R$ 700,00 — acima do limite de ¼ do salário mínimo.

No entanto, a criança com autismo faz duas terapias por semana, usa medicamentos e tem uma alimentação especial, totalizando R$ 950,00 mensais.

Comprovando essas despesas, essa quantia pode ser abatida da renda total, reduzindo a renda per capita e viabilizando o acesso ao BPC.

⚖️ Dica jurídica

Caso o INSS negue o benefício com base na renda, mesmo havendo comprovadas despesas elevadas, é possível ingressar com ação judicial. A Justiça tem sido sensível a essas situações e frequentemente concede o BPC mesmo quando a renda ultrapassa o limite legal, desde que haja comprovação da real necessidade da criança.

Como funciona o pedido do BPC para TEA ou TDAH (passo a passo)


O processo de solicitação do BPC para crianças com autismo ou TDAH pode ser feito de forma administrativa (via INSS) ou, caso seja negado, pela via judicial. A seguir, veja o passo a passo completo para realizar o pedido em 2025:

🧾 1. Atualize o Cadastro Único (CadÚnico)


Antes de tudo, é obrigatório que a família esteja cadastrada no CadÚnico e que a inscrição esteja atualizada nos últimos 2 anos.

📍 Onde fazer: no CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) mais próximo da sua residência.

💻 2. Solicite o benefício no Meu INSS


Depois de atualizar o CadÚnico, acesse o site meu.inss.gov.br ou o aplicativo “Meu INSS” e:

  1. Faça login com o CPF e senha do gov.br;

  2. Clique em “Novo Pedido”;

  3. Digite “Benefício Assistencial à Pessoa com Deficiência”;

  4. Escolha a opção correspondente à criança;

  5. Preencha todas as etapas com atenção e anexe os documentos digitalizados.

👩‍⚕️ 3. Aguarde o agendamento das perícias


O INSS agendará duas etapas de avaliação:

  • Perícia médica: com um médico do INSS, que analisará os laudos, CID, limitações e impacto funcional do TEA ou TDAH;

  • Avaliação social: com assistente social do INSS, que avaliará as condições de vida da criança, renda familiar e necessidades especiais.

📥 4. Acompanhe o andamento


Você pode acompanhar o processo pelo Meu INSS ou por telefone no número 135. Caso haja solicitação de documentos adicionais, não perca os prazos.

🧑‍⚖️ 5. E se o pedido for negado?


Caso o benefício seja indeferido (negado), mesmo com toda documentação correta, você poderá:

  • Apresentar recurso administrativo no próprio Meu INSS (prazo de 30 dias); ou

  • Ingressar com ação judicial, especialmente se a renda foi o motivo da negativa.

📝 Dica prática

Ao preparar o pedido, não economize em documentos. Quanto mais clara e bem fundamentada for a documentação médica, terapêutica e social, maior a chance de sucesso.

Meu pedido foi negado: posso recorrer?

Sim! Se o INSS negou o pedido do BPC para sua criança com autismo ou TDAH, você não precisa aceitar o indeferimento de imediato. Existem duas formas principais de contestar a negativa:

🔁 1. Recurso administrativo no INSS


Se você acredita que houve erro na análise ou que documentos foram ignorados, pode apresentar um recurso administrativo diretamente pelo site ou aplicativo Meu INSS.

  • Prazo: até 30 dias após o indeferimento;

  • Como fazer: acesse o Meu INSS, selecione a opção “Agendamentos/Solicitações”, escolha o processo negado e clique em “Recurso”;

  • Importante: junte novos documentos, laudos atualizados e explique com clareza por que o benefício deveria ser concedido.

Esse recurso será analisado por um órgão de segunda instância do próprio INSS.

⚖️ 2. Ação judicial


Se o recurso administrativo for negado ou se a renda familiar foi o motivo da recusa, é possível ingressar com uma ação judicial.

Nos casos de TEA ou TDAH com impacto funcional significativo, a Justiça costuma conceder o benefício, inclusive quando a renda ultrapassa o limite de ¼ do salário mínimo, desde que:

  • Seja comprovada a vulnerabilidade social da criança;

  • Existam despesas elevadas com tratamento, transporte e medicamentos;

  • A documentação médica e terapêutica seja sólida.

Um advogado especialista poderá solicitar uma nova perícia judicial, feita por peritos independentes, muitas vezes com especialização em autismo, TDAH ou neuropediatria.

🎯 Quando vale a pena judicializar?

Vale recorrer à Justiça quando:

  • A criança possui laudos e relatórios bem fundamentados;

  • A renda familiar ultrapassa ligeiramente o limite legal, mas os gastos são altos;

  • O INSS desconsiderou despesas essenciais com tratamento;

  • O parecer da perícia do INSS foi superficial ou incorreto.

📘 Exemplo real

Imagine que o INSS negou o BPC a uma criança com autismo nível moderado, que faz fonoaudiólogo, TO, psicóloga e psiquiatra — totalizando R$ 1.000 por mês em gastos —, mas cuja renda familiar per capita é de R$ 700.

Judicialmente, é possível abater essas despesas da renda e demonstrar a vulnerabilidade, o que costuma levar à concessão do benefício pela Justiça Federal.

Perguntas frequentes sobre o BPC para crianças com autismo ou TDAH


📌
1. Criança com autismo leve tem direito ao BPC?

Sim, é possível. O grau do autismo (leve, moderado ou severo) não exclui automaticamente o direito. O que o INSS avalia é se existem limitações práticas na vida da criança, como dificuldades na comunicação, socialização, comportamento e necessidade de apoio contínuo.

📌 2. O TDAH dá direito ao BPC?

Depende. O TDAH por si só não garante o direito automaticamente. Mas, em casos mais graves — especialmente quando associado a outras condições (comorbidades) —, pode configurar deficiência, se gerar impedimento de longo prazo e dificuldade na vida diária.

📌 3. Precisa contribuir para o INSS para receber o BPC?

Não. O BPC é um benefício assistencial, não previdenciário. Por isso, não exige contribuição anterior ao INSS. Basta cumprir os requisitos de deficiência e baixa renda familiar.

📌 4. O BPC tem 13º salário?

Não. O BPC não paga 13º salário e não deixa pensão por morte. Ele garante apenas um salário mínimo mensal enquanto durar a situação de vulnerabilidade.

📌 5. Pode acumular o BPC com outros benefícios?

Não pode acumular com aposentadoria, pensão ou outro benefício do INSS. Mas é possível, sim, receber o BPC junto com o Bolsa Família (atual Auxílio Brasil), desde que o CadÚnico esteja atualizado.

📌 6. E se minha renda for um pouco acima do limite?

Ainda assim é possível conseguir o BPC. O INSS e a Justiça consideram despesas médicas, terapias e tratamentos da criança. Se essas despesas forem altas, elas podem ser abatidas da renda familiar, permitindo o enquadramento no critério.

Conclusão

Se você é responsável por uma criança com autismo ou TDAH, saiba que ela pode ter direito ao BPC (Benefício de Prestação Continuada) — mesmo sem nunca ter contribuído ao INSS.

Em 2025, o processo de concessão do BPC passou a considerar de forma mais justa as dificuldades enfrentadas pelas famílias, especialmente:

  • As limitações funcionais da criança;

  • Os gastos com tratamentos especializados, terapias, alimentação e transporte;

  • E, em muitos casos, a possibilidade de ampliação judicial da renda permitida por pessoa da família.

Mas atenção: o diagnóstico isolado não garante o benefício. É essencial demonstrar como a condição afeta a vida da criança e comprovar a situação de vulnerabilidade socioeconômica.

Organizar corretamente os documentos, apresentar laudos completos e entender seus direitos pode ser a chave para garantir dignidade e qualidade de vida à criança.

Caso o benefício seja negado, não desista. Um advogado previdenciário pode analisar sua situação, reunir as provas corretas e buscar o benefício pela via judicial, se necessário.

🔔 Compartilhe esse conteúdo com quem precisa saber disso! Muitas famílias ainda não conhecem seus direitos e passam por dificuldades que poderiam ser amenizadas com esse auxílio.

Se tiver dúvidas ou precisar de orientação individual, fale com um advogado de sua confiança.

Conte com a informação certa. Você não está sozinho nessa luta.

Gonartrose Dá Direito a Benefício do INSS? Saiba Como Conseguir o Auxílio-Doença, Aposentadoria ou BPC/LOAS

 

Se você tem dores intensas no joelho, dificuldade para andar ou limitações nos movimentos devido à gonartrose, pode ter direito a um benefício do INSS.

 

A gonartrose (artrose no joelho) é uma doença degenerativa que pode causar dor crônica, inflamação e perda da mobilidade, dificultando o desempenho de diversas profissões, principalmente aquelas que exigem esforço físico, como:

 

✔ Pedreiros, operários e trabalhadores da construção civil;
✔ Profissionais que passam muito tempo em pé, como vendedores e professores;
✔ Faxineiros, diaristas e empregadas domésticas;
✔ Motoristas, entregadores e carregadores.

 

📌 A boa notícia é que o INSS pode conceder benefícios como o auxílio-doença, a aposentadoria por invalidez ou até o BPC para quem tem gonartrose!

 

Neste artigo, você vai descobrir:

 

Se a gonartrose pode dar direito ao auxílio-doença e como solicitar;

Quando é possível conseguir a aposentadoria por invalidez;

Quem tem gonartrose pode receber o BPC/LOAS?;

Passo a passo para pedir seu benefício do INSS.

 

🔎 Se você ou alguém da sua família sofre com gonartrose e precisa de um benefício, continue lendo e descubra como garantir esse direito!

 

📌 Quem Tem Gonartrose Pode Receber o Auxílio-Doença do INSS?

 

Sim! O auxílio-doença é concedido para quem precisa se afastar temporariamente do trabalho devido às limitações causadas pela gonartrose.

 

Se você sente dores constantes, inchaço, dificuldades para subir escadas, andar longas distâncias ou carregar peso, pode solicitar o auxílio-doença e garantir uma renda enquanto faz o tratamento adequado.

 

🔹 O que é necessário para conseguir o auxílio-doença para gonartrose?

 

Laudos médicos, exames e atestados que comprovem a incapacidade temporária para o trabalho;
Perícia médica do INSS, onde um médico perito avaliará sua condição;
Estar contribuindo para o INSS no momento do afastamento (mas mesmo quem parou de contribuir pode ter direito, dependendo do caso).

 

📑 Exemplo real de quem conseguiu:


Carlos trabalha como motorista e começou a sentir dores intensas no joelho, o que dificultava o acionamento dos pedais e sua locomoção. Após exames e laudos médicos indicando a necessidade de repouso e fisioterapia, ele conseguiu o auxílio-doença, garantindo uma renda enquanto fazia o tratamento.

 

💡 O auxílio-doença permite que você se afaste do trabalho sem perder sua renda mensal e tenha tempo para o tratamento adequado!

 

📌 Quando a Gonartrose Pode Dar Direito à Aposentadoria por Invalidez?

 

Se a gonartrose atingir um estágio avançado e o trabalhador não conseguir mais exercer sua profissão nem se reabilitar para outra função, pode ser possível conseguir a aposentadoria por invalidez.

 

🔹 O que é necessário para conseguir a aposentadoria por invalidez?

 

✔ Comprovar que a gonartrose impede qualquer tipo de atividade profissional;
✔ Passar pela perícia médica do INSS, que avaliará se a incapacidade é definitiva;
✔ Geralmente, ter recebido o auxílio-doença antes de solicitar a aposentadoria por invalidez.

 

📑 Exemplo real de quem conseguiu:


Ana, balconista por 25 anos, desenvolveu gonartrose severa nos dois joelhos e, mesmo após tentativas de tratamento, não conseguiu mais trabalhar de pé por longos períodos. O INSS concedeu a aposentadoria por invalidez, garantindo uma renda fixa para seu sustento.

 

💡 A aposentadoria por invalidez permite que você tenha segurança financeira para viver com dignidade!

 

📌 Quem Tem Gonartrose Pode Receber o BPC/LOAS?

 

Sim! Se a gonartrose impede você de trabalhar e sua família tem baixa renda, é possível solicitar o Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS).

 

Esse benefício é ideal para quem nunca contribuiu para o INSS ou ficou muito tempo sem contribuir, mas precisa de uma renda para viver com dignidade.

 

🔹 Como saber se posso conseguir o BPC para gonartrose?

 

✔ Sua gonartrose limita sua capacidade de realizar tarefas diárias e impede sua autonomia?
✔ Sua família tem baixa renda e você precisa de ajuda financeira?
✔ Você pode comprovar, por meio de laudos médicos, que precisa de suporte financeiro devido à doença?

 

📑 Exemplo real de quem conseguiu:


João, 60 anos, era servente de pedreiro e teve que parar de trabalhar por conta da gonartrose avançada. Como nunca contribuiu regularmente para o INSS e dependia da família, ele conseguiu o BPC, garantindo um salário mínimo mensal.

 

💡 O BPC proporciona mais qualidade de vida para quem não pode mais trabalhar e não tem direito a outros benefícios!

 

📌 Como Solicitar o Benefício do INSS Para Gonartrose?

 

O pedido pode ser feito pelo Meu INSS (site ou aplicativo) ou diretamente em uma agência do INSS.

 

📌 Passo a passo para solicitar:

 

1. Reunir documentos e laudos médicos, atestados e exames que comprovem sua condição;
2. Agendar a perícia médica do INSS pelo Meu INSS ou telefone 135;
3. Comparecer à perícia médica, onde o médico avaliará sua situação;
4. Aguardar a decisão do INSS, que pode levar de 45 a 90 dias.

 

Se o benefício for negado, não se preocupe! Você pode recorrer administrativamente ou entrar com uma ação judicial para garantir seu direito.

 

Se você tem gonartrose e quer solicitar um benefício do INSS, não tente fazer isso sozinho!

 

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Tendinopatia Dá Direito a Benefício do INSS? Saiba Como Conseguir o Auxílio-Doença, Aposentadoria ou BPC

 

Se você tem dores intensas, inflamação e dificuldade para trabalhar devido à tendinopatia, saiba que pode ter direito a um benefício do INSS.

 

A tendinopatia é uma degeneração nos tendões, que pode ser causada por esforço repetitivo, sobrecarga ou lesões. Essa condição afeta principalmente trabalhadores que realizam atividades que exigem movimentos repetitivos ou levantamento de peso, como:

 

✔ Digitadores, bancários e professores;
✔ Operários, mecânicos e trabalhadores da construção civil;
✔ Profissionais da limpeza, costureiras e cozinheiros;
✔ Atletas e motoristas.

 

📌 A boa notícia é que o INSS pode conceder benefícios como o auxílio-doença, a aposentadoria por invalidez ou até o BPC para quem tem tendinopatia!

 

Neste artigo, você vai descobrir:

 

Se a tendinopatia pode dar direito ao auxílio-doença e como solicitar;

Quando é possível conseguir a aposentadoria por invalidez;

Quem tem tendinopatia pode receber o BPC/LOAS?

Passo a passo para pedir seu benefício do INSS.

 

🔎 Se você ou alguém da sua família sofre com tendinopatia e precisa de um benefício, continue lendo e descubra como garantir esse direito!

 

📌 Quem Tem Tendinopatia Pode Receber o Auxílio-Doença do INSS?

 

Sim! O auxílio-doença é concedido para quem precisa se afastar temporariamente do trabalho devido às limitações causadas pela tendinopatia.

 

Se você sente dores constantes, limitação dos movimentos e dificuldades para realizar seu trabalho, pode solicitar o auxílio-doença e garantir uma renda enquanto se trata.

 

🔹 O que é necessário para conseguir o auxílio-doença para tendinopatia?


Laudos médicos, exames e atestados que comprovem a incapacidade temporária para o trabalho;
Perícia médica do INSS, onde um médico perito avaliará sua condição;
Estar contribuindo para o INSS no momento do afastamento (mas mesmo quem parou de contribuir pode ter direito, dependendo do caso).

 

📑 Exemplo real de quem conseguiu:


Roberto trabalha como pedreiro e desenvolveu tendinopatia no ombro devido ao esforço repetitivo de carregar peso. As dores e a perda de mobilidade dificultaram sua função. Ele apresentou exames e laudos médicos e conseguiu o auxílio-doença, garantindo uma renda enquanto fazia fisioterapia.

 

💡 O auxílio-doença permite que você tenha tempo para tratar sua saúde sem perder sua renda mensal!

 

📌 Quando a Tendinopatia Pode Dar Direito à Aposentadoria por Invalidez?

 

Se o tratamento não surtir efeito e o trabalhador não conseguir mais exercer sua profissão nem se reabilitar para outra função, pode ser possível conseguir a aposentadoria por invalidez.

 

🔹 O que é necessário para conseguir a aposentadoria por invalidez?


✔ Comprovar que a tendinopatia impede qualquer tipo de atividade profissional;
✔ Passar pela perícia médica do INSS, que avaliará se a incapacidade é definitiva;
✔ Geralmente, ter recebido o auxílio-doença antes de solicitar a aposentadoria por invalidez.

 

📑 Exemplo real de quem conseguiu:


Joana trabalhou como diarista por mais de 20 anos e desenvolveu tendinopatia crônica nos punhos e ombros. Após anos de tratamento sem melhora, ela não conseguiu mais segurar objetos nem realizar tarefas básicas. O INSS concedeu a aposentadoria por invalidez, garantindo um salário mensal para seu sustento.

 

💡 A aposentadoria por invalidez proporciona segurança financeira para quem não pode mais trabalhar!

 

📌 Quem Tem Tendinopatia Pode Receber o BPC/LOAS?

 

Sim! Se a tendinopatia impede você de trabalhar e sua família tem baixa renda, é possível solicitar o Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS).

 

Esse benefício é ideal para quem nunca contribuiu para o INSS ou ficou muito tempo sem contribuir, mas precisa de uma renda para viver com dignidade.

 

🔹 Como saber se posso conseguir o BPC para tendinopatia?


✔ Sua tendinopatia limita sua capacidade de realizar tarefas diárias e impede sua autonomia?
✔ Sua família tem baixa renda e você precisa de ajuda financeira?
✔ Você pode comprovar, por meio de laudos médicos, que precisa de suporte financeiro devido à doença?

 

📑 Exemplo real de quem conseguiu:


Carlos era ajudante geral e parou de trabalhar há anos por causa de uma tendinopatia severa. Como nunca contribuiu regularmente para o INSS e dependia da família, ele conseguiu o BPC, garantindo um salário mínimo por mês.

 

💡 O BPC proporciona mais qualidade de vida para quem não pode mais trabalhar e não tem direito a outros benefícios!

 

📌 Como Solicitar o Benefício do INSS Para Tendinopatia?

 

O pedido pode ser feito pelo Meu INSS (site ou aplicativo) ou diretamente em uma agência do INSS.

 

📌 Passo a passo para solicitar:

 

1. Reunir documentos e laudos médicos, atestados e exames que comprovem sua condição;
2. Agendar a perícia médica do INSS pelo Meu INSS ou telefone 135;
3. Comparecer à perícia médica, onde o médico avaliará sua situação;
4. Aguardar a decisão do INSS, que pode levar de 45 a 90 dias.

 

Se o benefício for negado, não se preocupe! Você pode recorrer administrativamente ou entrar com uma ação judicial para garantir seu direito.

 

Precisa de Ajuda Para Conseguir o Benefício? Nós Podemos Te Ajudar!

 

Se você tem tendinopatia e quer solicitar um benefício do INSS, não tente fazer isso sozinho!

 

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